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Países admitem ceder em prol de "nova Doha"
DA REUTERS
Países em desenvolvimento
como África do Sul, Índia e Brasil consideram a possibilidade
de abrandar sua posição nas
negociações para um novo tratado mundial de comércio, informaram diplomatas ontem.
Um documento elaborado
para discussão, distribuído por
autoridades indianas, indica
que os países de economias
emergentes podem aceitar cortes nas tarifas máximas sobre
bens industrializados em troca
do direito de barrar certos produtos.
O documento pede que os
países desenvolvidos reduzam
as tarifas máximas acima do
que havia sido sugerido em um
texto base para negociação distribuído em julho pelo embaixador canadense Don Stephenson, que preside as negociações da OMC (Organização Mundial
do Comércio) sobre indústria.
O setor manufatureiro, conhecido no jargão das negociações comerciais como Non-Agricultural Market Access (Nama), é uma das áreas mais
contenciosas das negociações
para um novo acordo de liberalização do comércio na OMC.
A Rodada Doha foi lançada
há seis anos para reforçar o comércio internacional de produtos agrícolas, industriais e de
serviços, e ajudar os países mais
pobres a exportar mais.
O ministro da Agricultura
brasileiro, Reinhold Stephanes,
disse que os subsídios agrícolas
da União Européia (UE) e dos
Estados Unidos permanecem
sendo o principal obstáculo nas
negociações.
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