São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

DIMENSÃO DA CRISE
A oferta de carne bovina é menor do que se imaginava e, com isso, os preços se mantêm firmes, apesar da crise financeira. O problema é saber qual a dimensão que a crise vai trazer à renda e ao emprego, tanto interna como externamente.

PREÇOS E CUSTOS
A avaliação é do empresário do agronegócio Jovelino Mineiro, que alerta, ainda, sobre os sinais futuros dos preços, inflacionados nos últimos meses pela "irresponsabilidade do sistema financeiro" dos EUA. Os preços, com recessão, devem cair, mas o mesmo deve acontecer com os custos, acredita ele.

PRIVILEGIADA
O Brasil, por produzir alimentos, tem uma situação privilegiada em relação aos produtores de bens duráveis, diz Mineiro. Mas no caso da carne bovina, há uma preocupação: quando os EUA vão voltar ao mercado internacional?

INQUIETUDE
Mineiro avalia que o retorno dos EUA não deve demorar. Quando ocorrer, os norte-americanos reconquistarão os mercados de excelência, empurrando a Austrália para parte do espaço conquistado pelo Brasil.

ALTA NO CAFÉ
O consumo mundial de café continua crescendo, principalmente nos países emergentes. Com isso, se a crise mundial do crédito arrefecer, os preços deverão voltar a US$ 1,40 por libra-peso nos próximos seis meses, afirmou ontem Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé, de Tóquio, à Bloomberg.

UM POUCO MENOS
As exportações brasileiras de soja devem atingir 25,2 milhões de toneladas nesta safra, e o processamento, 32,3 milhões. Esses números são da Abiove (associação das indústrias) e ficam abaixo dos previstos em agosto.

RECEITAS ELEVADAS
As receitas totais com as exportações do complexo devem atingir US$ 18,6 bilhões, um pouco abaixo das estimativas anteriores, mas bem acima dos US$ 11,3 bilhões do ano passado, segundo a Abiove.

LEILÕES QUINZENAIS
A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) quer leilões quinzenais de arroz, com oferta de 50 mil toneladas cada. Para Renato Rocha, presidente da entidade, o setor precisa de R$ 1 bilhão para sustentar os preços: R$ 600 milhões para EGF e R$ 400 milhões para opções públicas.

PRESSÃO MENOR
A Fundação Getulio Vargas chegou a registrar 40% nos preços acumulados em 12 meses no índice por atacado de produtos de origem agrícola. Os dados de ontem do IGP-10 indicavam 15% para o período. O recuo se deve às recentes quedas nas commodities.


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