São Paulo, sexta-feira, 17 de novembro de 2006

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Paulistas têm a terceira renda per capita

Queda dos preços internacionais de commodities e aumento de insumos industriais prejudicaram média de São Paulo

Estado obteve média de R$ 13.725 em 2004; Distrito Federal manteve liderança, com R$ 19.071, seguido pelo Rio, com R$ 14.639


DA SUCURSAL DO RIO

No ranking de maior renda per capita do país, o Estado de São Paulo, que esteve próximo do segundo lugar em 2003, o Rio de Janeiro, voltou à terceira posição. Em 2004, o PIB per capita paulista ficou em R$ 13.725 e o fluminense foi estimado em R$ 14.639. Em 2003, as cifras eram de R$ 12.671 e R$ 12.619, respectivamente.
Desde 2002, o Rio mantém a segunda posição. Na dianteira, continuou o Distrito Federal -R$ 19.071 em 2004.
No final da lista, Piauí e Maranhão mantiveram as piores posições -R$ 2.892 e R$ 2.748 em 2004, respectivamente. A novidade é que em 2004 o Mato Grosso passou a figurar acima da renda per capita média (R$ 9.729), com R$ 10.162.
Além do Distrito Federal, oito Estados (RJ, SP, RS, SC, AM, PR, ES e MT) têm PIB per capita acima da média -R$ 9.729.
Com o bom desempenho de sua economia (11,5%) e população menor, o Amazonas (R$ 11.434) tomou a sexta posição do Paraná (R$ 10.725), afetado pela crise no campo.
A renda per capita, porém, não pode ser encarada como uma medida precisa de desigualdade. Isso porque não considera o poder de compra de cada população, as diferenças de rendimentos entre os moradores de uma mesma região nem o acesso a serviços de educação, saúde e outros. O indicador é a relação da população de uma região com o PIB produzido naquela área.
Para o IBGE, o desempenho relativamente pior de São Paulo ante o Rio em 2004 está relacionado aos preços internacionais menores de produtos como laranja, cana-de-açúcar e do aumento dos preços dos insumos da indústria. Isso conteve o PIB em valor, apesar da maior quantidade produzida.
Os dados do IBGE mostram que, ao longo do tempo, quase inexiste um processo de aproximação da renda dos Estados mais pobres para a média do país. A renda per capita no Maranhão, que correspondia apenas a 0,2 vez à média nacional (próximo de 20%) em 1990, se manteve no nível até 2004. No Piauí, o PIB per capita ficou constante desde 1990 em 0,3 vez a média -próximo de 30%.


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