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Paulistas têm a terceira renda per capita
Queda dos preços internacionais de commodities e aumento de insumos industriais prejudicaram média de São Paulo
Estado obteve média de R$ 13.725 em 2004; Distrito Federal manteve liderança, com R$ 19.071, seguido pelo Rio, com R$ 14.639
DA SUCURSAL DO RIO
No ranking de maior renda
per capita do país, o Estado de
São Paulo, que esteve próximo
do segundo lugar em 2003, o
Rio de Janeiro, voltou à terceira posição. Em 2004, o PIB per
capita paulista ficou em R$
13.725 e o fluminense foi estimado em R$ 14.639. Em 2003,
as cifras eram de R$ 12.671 e R$
12.619, respectivamente.
Desde 2002, o Rio mantém a
segunda posição. Na dianteira,
continuou o Distrito Federal
-R$ 19.071 em 2004.
No final da lista, Piauí e Maranhão mantiveram as piores
posições -R$ 2.892 e R$ 2.748
em 2004, respectivamente. A
novidade é que em 2004 o Mato Grosso passou a figurar acima da renda per capita média
(R$ 9.729), com R$ 10.162.
Além do Distrito Federal, oito Estados (RJ, SP, RS, SC, AM,
PR, ES e MT) têm PIB per capita acima da média -R$ 9.729.
Com o bom desempenho de
sua economia (11,5%) e população menor, o Amazonas (R$
11.434) tomou a sexta posição
do Paraná (R$ 10.725), afetado
pela crise no campo.
A renda per capita, porém,
não pode ser encarada como
uma medida precisa de desigualdade. Isso porque não considera o poder de compra de cada população, as diferenças de
rendimentos entre os moradores de uma mesma região nem
o acesso a serviços de educação,
saúde e outros. O indicador é a
relação da população de uma
região com o PIB produzido naquela área.
Para o IBGE, o desempenho
relativamente pior de São Paulo ante o Rio em 2004 está relacionado aos preços internacionais menores de produtos como laranja, cana-de-açúcar e
do aumento dos preços dos insumos da indústria. Isso conteve o PIB em valor, apesar da
maior quantidade produzida.
Os dados do IBGE mostram
que, ao longo do tempo, quase
inexiste um processo de aproximação da renda dos Estados
mais pobres para a média do
país. A renda per capita no Maranhão, que correspondia apenas a 0,2 vez à média nacional
(próximo de 20%) em 1990, se
manteve no nível até 2004. No
Piauí, o PIB per capita ficou
constante desde 1990 em 0,3
vez a média -próximo de 30%.
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