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Programas sociais na AL tiram 10 mi da indigência
Além desses, 15 mi saem da pobreza, diz a Cepal
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 2007, 15 milhões de latino-americanos saíram da pobreza e outros 10 milhões deixaram a indigência, segundo a
Cepal (Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe). O principal motivo foi a alta sustentável do crescimento
econômico entre 2003 e 2007,
que reduziu os índices de desemprego. Programas sociais,
como o Bolsa Família, também
influenciaram o movimento.
Segundo o informe "Panorama Social da América Latina
2007", pela primeira vez, desde
1990, o número de pobres na
região caiu abaixo de 200 milhões de pessoas. Mesmo com o
avanço, ainda há 190 milhões
de pobres na região, sendo que
71 milhões em miséria. O número equivale a 35,1% da população na região. Em 1980, o número de pobres na região era de
136 milhões de pessoas, equivalentes a 40,5% da população.
Outra crítica feita pela entidade, que faz parte da ONU
(Organização das Nações Unidas), é a persistência da concentração de renda. Segundo o
texto, a América Latina ainda
apresenta "múltiplas brechas
sociais que separam os grupos
mais vulneráveis dos que têm
melhores condições de vida", o
que "ameaça a coesão social".
Mesmo assim, a Cepal avalia
que a região se encontra bem
encaminhada no compromisso
de reduzir à metade, até 2015, a
pobreza extrema registrada em
1990. A meta foi fixada nos Desafios do Milênio da ONU.
A América Latina conseguiu
cumprir 87% do objetivo, o que
permitiria ampliá-lo para reduzir à metade a pobreza total.
Boa colocação
O Brasil mereceu destaque
especial. De 1990 a 2005, o país
apresentou taxa anual de redução de pobreza superior a 1,5%
ao ano, percentual que o coloca
entre as nações em que houve
mais avanços na região.
Entre 2001 e 2006, 6 milhões
de brasileiros deixaram de ser
indigentes. "Os programas públicos, especialmente o Bolsa
Família, tiveram influência decisiva nesse desempenho."
Além do Brasil, o Chile, o
Equador e o México têm conseguido cumprir as metas da
ONU. O "dinamismo do mercado de trabalho" contribuiu para
o melhor resultado desses países. Já El Salvador conseguiu
atingir apenas 25% do objetivo.
O estudo destaca ainda que a
presença das crianças do ensino primário nas escolas "é quase universal" (97%) na região.
Também aumentou a freqüência escolar entre jovens.
"A maior presença na escola
beneficiou, principalmente, os
filhos dos pais com pouco estudo", destaca a Cepal.
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