São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Minc quer baixar imposto para energia eólica

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai pedir ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a redução de impostos que incidem sobre os equipamentos de geração de energia solar e eólica com o objetivo de incentivar o desenvolvimento dessas tecnologias, ainda muito atrasadas no Brasil.
"O nosso parque de produção de equipamento eólico ainda é fraco", afirma.
Minc está preocupado com o resultado dos últimos leilões de energia. A matriz energética brasileira está ficando cada vez mais suja com o avanço das térmicas a carvão e óleo.
Por esse motivo, o ministro afirma que serão anunciadas medidas para estimular o crescimento das energias renováveis no Brasil.
"Nós estamos perdendo o "vento" da história com as eólicas no Brasil. Estamos muito atrás da China. Nosso modelo de leilão de energia eólica está muito travado", diz.
Segundo o ministro, a crise global pode se transformar em oportunidade para o ambiente. A ameaça do aumento do consumo de petróleo por conta da queda no preço do barril não o assusta.
"Não acho que agora vai ser "viva o petróleo". Eu vejo a crise mais como uma oportunidade de descarbonizar."
A idéia do ministro é exigir alguma contrapartida ambiental para os setores que receberem alguma ajuda do governo.
Segundo Minc, o apoio oferecido pelo governo à indústria automotiva, por exemplo, pode ser uma oportunidade para as energias alternativas.
"Queremos que se invista mais no desenvolvimento de carros elétricos, por exemplo. Já que vamos ajudar, uma parte dos recursos deve ser destinada ao desenvolvimento de carros que emitam menos poluentes."
Em 2009, Minc pretende lançar uma campanha de redução da emissão de gases poluentes. "Vamos fazer uma campanha nacional para as pessoas regularem os motores dos carros. A poluição causa três buracos: um no clima, um no pulmão e um no bolso."

HOLOGRAMA

A Cisco está trazendo ao Brasil a Telepresença, uma tecnologia para promover reuniões virtuais com uma experiência de interação mais próxima possível do real, segundo Pedro Ripper, presidente da Cisco no Brasil. A tecnologia, que oferece sensações de voz e presença de colegas que participam da reunião a distância, quer reduzir os custos com o deslocamento de executivos e ganhar em produtividade. Para Ripper, a Telepresença pode ser democratizada para um dia chegar até mesmo a presídios brasileiros para visitas virtuais, interrogatórios e, quem sabe, julgamentos. A Telepresença elimina, diz Ripper, problemas que foram criticados na videoconferência para julgamentos, como a possibilidade de o preso esconder reações. A empresa deve fechar dois novos contratos em breve com clientes brasileiros que, segundo Ripper, pretendem aproveitar o sistema para também conectar executivos dentro de São Paulo e fugir do trânsito.

FOGOS DE ARTIFÍCIO
As cidades nordestinas estão entre os principais destinos dos turistas para o próximo Réveillon. Cerca de 65% dos pacotes vendidos para a virada do ano são para o Nordeste, apontam os dados da agência de viagens on-line Rapi10. Ao lado do Rio, Recife é a cidade que registrou o maior número de pacotes vendidos -15% do total. Em seguida estão as também nordestinas Fortaleza (12%), Maceió (11%) e Natal (10%). Em outros Estados, as mais bem cotadas são as capitais de SC e do RS, com 5% para cada uma.

OLHOS PUXADOS
Lee Myung-bak, presidente da Coréia do Sul, participa hoje de reunião na Fiesp para estreitar negócios com o Brasil. Com ele estão executivos de empresas como LG e Hyundai. Os coreanos miram a construção de uma linha ferroviária de alta velocidade e obras de dragagem de portos.

BULA
A Cimed, há 30 anos no mercado farmacêutico, vai competir no mercado de higiene pessoal e cosméticos. A expectativa é que a nova linha represente 13% do faturamento do grupo em 2009.


com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI


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