UOL


São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MOEDAS

Dólar deve cair pela 1ª vez num ano desde 1966

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela primeira vez desde 1966, o dólar deve fechar um ano com depreciação em relação a uma moeda brasileira, segundo levantamento realizado pela Economática, consultoria especializada em informação financeira.
A 15 dias do fim de 2003, a moeda americana acumula no ano uma queda em torno de 17%. No último dia útil do ano passado, US$ 1 era vendido por R$ 3,545.
No ano passado, devido às tensões eleitorais, o dólar chegou a ser negociado pela máxima histórica de R$ 4,005 durante a sessão do dia 10 de outubro, quando fechou cotado a R$ 3,99.
A semelhança do governo Lula com a política econômica de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tranquilizou os investidores estrangeiros, antes receosos quanto à solvência do país.
O mercado internacional voltou a emprestar dinheiro para governo, bancos e empresas brasileiros. Os dólares retornaram ao país na forma de capital de curto prazo (como o dinheiro aplicado pelos estrangeiros na Bovespa) e também via exportações. A melhora da balança comercial favoreceu a elevação da perspectiva das notas ("rating") do Brasil pelas agências de classificação de risco (Fitch e Standard & Poor's).
A aprovação das reformas tributária e da Previdência no Congresso -uma das cobranças dos investidores estrangeiros- também contribuiu para uma reavaliação do risco Brasil pelo mercado financeiro.

Moeda de R$ 1
Na próxima segunda-feira, dia 22, as moedas prateadas de R$ 1 deixarão de circular no país. Do dia 23 em diante, o comércio não será mais obrigado a aceitar essas moedas, que serão trocadas apenas nas agências bancárias, mas somente até 22 de março.
O processo de substituição do modelo antigo pelo novo (com bordas douradas) está mais lento do que o esperado pelo Banco Central.
Desde 22 de setembro, as moedas antigas estão sendo substituídas pelas novas. Segundo o diretor de Administração do BC, João Antônio Fleury, a troca está sendo feita porque a nova moeda de R$ 1 é mais difícil de ser falsificada.
Dos 210 milhões de moedas antigas que circulavam no país, só 30 milhões já foram substituídas.


Texto Anterior: Alencar elogia conservadorismo
Próximo Texto: Impostos: Alíquota da Cofins pode subir para 10,1%
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.