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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Pacote não será inflacionário, diz Fazenda
O pacote para destravar o
crescimento será o primeiro
movimento no Brasil pós-política de estabilização no qual se
mira o desenvolvimento com
responsabilidade fiscal e sem o
risco de descontrole inflacionário.
A definição é do secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio
Gomes de Almeida, ao comentar o plano econômico que será
anunciado nesta semana pelo
presidente Lula.
De acordo com o economista,
o plano foi elaborado a partir de
orientação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o
objetivo de priorizar o investimento, mas sem gerar inflação.
Ele diz que o plano levou em
conta as limitações orçamentárias do governo.
Por todas essas características, Gomes de Almeida admite
que há possibilidade até de o
pacote ser considerado tímido.
Segundo ele, há sempre o risco
da crítica fácil de que as medidas de desoneração tributária
para incentivar os investimentos não sejam ideais ou de que
os recursos podem não ser suficientes para destravar totalmente os investimentos.
Serão, a seu ver, críticas injustas, já que será forte o alcance das medidas de estímulo ao
investimento do plano econômico. A grande vantagem do
pacote, na sua opinião, é que o
país irá ampliar o crescimento
sem dinamitar as contas públicas e mantendo as conquistas
sociais.
O pacote pode até não atingir
o nível desejado que o próprio
governo gostaria para o aumento do investimento, mas vai dar
um passo importante nessa direção. "Depois de muitos anos,
nós vamos ter uma política econômica orientada para melhorar e ampliar o investimento no
Brasil", diz.
Gomes de Almeida diz que o
plano terá preocupação em diminuir as despesas correntes
do governo como proporção do
PIB, dentro do objetivo de
manter a solidez macroeconômica, com a manutenção da
meta de 4,25% do PIB de superávit primário, e, ao mesmo
tempo, reduzir a pobreza e as
desigualdades.
"Nós vamos ter, enfim, um
plano que queremos há muito
tempo, sem gerar a inflação e
sem ameaçar as nossas contas
externas", diz.
CIRANDA
Demian Fiocca pode continuar no governo no segundo mandato. Talvez não no
BNDES. Há chances de Guido Mantega chamá-lo para o
lugar de Bernard Appy.
PROTESTOS
Em novembro, foram
apresentados 227.038 títulos contra 224.596 em outubro, segundo pesquisa do
Instituto de Protesto de Títulos de SP.
ORIENTE MÉDIO
O Centro de Estudos em
Finanças da FGV-Eaesp,
coordenado pelos professores William Eid Júnior e Ricardo Ratner Rochman, assinou memorando de entendimento com a Coast Investment and Development
Co. do Kuait, para fornecer a
metodologia de análise de
fundos criada por eles para o
mercado do Oriente Médio.
O objetivo é promover a indústria de fundos educando
o público investidor.
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
Horacio Lafer Piva, que preside o Instituto DNA Brasil,
acaba de realizar, com a Petrobras, seu primeiro evento
com programa de neutralização de carbono. A instituição,
que desde 2004 realiza fóruns interdisciplinares sobre o
futuro do país, calculou todos os gases emitidos para que
cada um dos cem participantes chegassem à cidade de
Amparo. Na conta, entraram emissões feitas por todos os
meios de transportes utilizados, de acordo com a distância percorrida. Com o total calculado, o instituto e a Petrobras escolheram um projeto ambiental para repor os
gastos, a substituição do combustível de um forno de cerâmica, no Tocantins, que usava madeira nativa, por palha de arroz. "Os agentes econômicos, cidadãos e empresas precisam sair do discurso e tomar iniciativas em defesa do meio ambiente", diz Piva.
QUARTO DE HOTEL
A Casa Cor vai ampliar seu espaço com um novo formato.
Em março de 2007, o evento de decoração vai inaugurar o
Casa Hotel, em que 40 profissionais irão decorar suítes em
dois andares do WTC Hotel, em São Paulo. "O desafio aqui
será inovar, sem alterar a estrutura arquitetônica dos quartos", afirma Roberto Dimbério, diretor da Casa Cor. Os arquitetos e decoradores não poderão mudar portas e paredes
de lugar. A limitação faz parte do objetivo do evento, de conservar os ambientes até o fim de 2007, depois de terminada
a mostra. Os visitantes, então, poderão se hospedar nas suítes de que mais gostarem pelo mesmo preço das demais de
igual padrão.
NA BALANÇA
O setor atacadista de produtos químicos mostrou
queda nas vendas em dólares no mês de novembro em
relação a outubro, e alta, na
comparação com o ano anterior. Segundo Rubens Medrano, presidente da Associquim (associação do setor) e
do Sincoquim (sindicato),
90% das empresas consideraram 2006 um ano bom ou
regular. "Até o fechamento
deste ano devemos atingir
um índice de crescimento de
vendas 10% maior que
2005", diz.
TELEFONE SEM FIO
A Telefônica e o Banco do
Brasil acabam de assinar
contrato de parceria comercial para lançar um serviço
no primeiro semestre de
2007. O objetivo é atender
os clientes da operadora no
Estado de São Paulo, independentemente de seu vínculo com o BB, com o suporte financeiro do cartão de
crédito do banco. A parceria
é resultado de um processo
de concorrência iniciado pela Telefônica, por meio de
edital, em que concorreram
nove instituições financeiras.
TRADIÇÃO
A Yoki resgatou no Natal a tradição das festas juninas. Ela
vai expor, nos pontos-de-venda, produtos ilustrados com xilogravuras do artista pernambucano José Francisco Borges.
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