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SP faz proposta para seguro-desemprego
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Secretaria do Emprego
de São Paulo encaminha hoje
ao Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) uma proposta para ampliar o seguro-desemprego. Se aprovada, a
regra conhecida como "layoff" permitirá que as empresas licenciem trabalhadores sem quebrar o vínculo de
emprego. Durante a licença,
o trabalhador pode receber
até dez parcelas de R$ 700.
O secretário do Emprego
de São Paulo, Guilherme Afif
Domingos, afirma que o governo federal é soberano para decidir se acata ou não a
sugestão, mas que a iniciativa precisa ser debatida.
Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, presidente da Força Sindical, diz que a entidade "vai trabalhar para que a
proposta do governo de São
Paulo nem entre na pauta".
O presidente do conselho
gestor do FAT (Fundo de
Amparo ao Trabalhador),
Luiz Fernando de Souza
Emediato, é ligado à Força.
"Isso ["layoff"] não tem
possibilidade. A Força vai se
colocar contra porque é como deixar o trabalhador na
geladeira", disse Paulinho.
O secretário paulista afirma que o "layoff" dá ao trabalhador a possibilidade de enfrentar o período de desaceleração da economia até que
o país volte a crescer. Afif diz
ter apoio da UGT (União Geral de Trabalhadores), que
está presente no conselho.
Segundo estudo encomendado à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) pela secretaria, o FAT
tem condições de absorver o
impacto da medida. O fundo,
formado a partir de contribuições trabalhistas, tem patrimônio de R$ 152 bilhões.
A análise da Fipe aponta
que o impacto da medida que
amplia o seguro-desemprego
durante a crise financeira
mundial varia de R$ 4,3 bilhões a R$ 21,5 bilhões.
(VF)
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