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Déficit da Previdência deve cair pela primeira vez em 13 anos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com base no resultado do déficit previdenciário acumulado
até novembro, o governo reviu
para baixo a projeção para o desequilíbrio nas contas da Previdência em 2008 e afirma que,
pela primeira vez desde 1995, o
saldo negativo cairá ao final
deste ano. A previsão é encerrar o período com cerca de
R$ 36 bilhões no vermelho.
Pelos cálculos iniciais, o déficit chegaria a R$ 44 bilhões.
"No cenário mais otimista, trabalhamos com R$ 36,08 bilhões. No menos, chega a
R$ 36,5 bilhões. Desde 1995, a
Previdência passou a ter resultado negativo. Desde então, o
desequilíbrio só vinha subindo.
Chegou a estacionar em 2001,
mas agora vai cair", declarou o
secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer.
Segundo ele, em 2007, o déficit previdenciário atingiu
1,75% do PIB (soma das riquezas produzidas no país em um
ano). Neste ano, projeta-se
1,27%. Em valores nominais, o
resultado negativo de 2007 ficou em R$ 44,8 bilhões e, espera a Previdência, cairá para
R$ 36 bilhões, aproximadamente. A recuperação se explica pelo bom desempenho do
mercado de trabalho neste ano.
Em novembro, o rombo foi
de R$ 4,224 bilhões. O número
representa um crescimento
-acima da inflação- de 120%
ante outubro deste ano. Na
comparação com novembro de
2007, o aumento foi de 53,9%.
Na avaliação do secretário, o
dado de novembro está distorcido por conta do pagamento
de parte do 13º salário aos aposentados e pensionistas.
No mês passado, o governo
gastou R$ 1,4 bilhão com o pagamento da segunda metade da
gratificação a parte dos aposentados. Outra parte recebeu o
13º nos cinco primeiros dias
deste mês. Em 2007, o 13º saiu
integralmente em dezembro.
Com a divisão, o governo antecipou para novembro parte
da despesa de dezembro, elevando o déficit. O saldo negativo acumulado até o mês passado pulou para R$ 38,8 bilhões.
Neste mês, a arrecadação da
Previdência será turbinada
com o recolhimento das contribuições sobre o 13º, o que deve
resultar num superávit de
R$ 1,8 bilhão para dezembro.
(JULIANNA SOFIA)
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