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Bovespa vira no final do dia e fecha em queda de 1%
Dólar recua para R$ 1,75; NY
cai 0,1% após decisão do Fed
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa tentou se aproximar dos 70 mil pontos, mas não
teve forças para se manter em
patamar tão elevado. Depois de
marcar 69.622 pontos no pico
do dia -quando alcançou alta
de 0,45%-, inverteu o rumo
para encerrar aos 68.622 pontos, com recuo de 0,99%.
O mercado de ações brasileiro acabou sendo o de pior desempenho ontem nas principais praças financeiras do planeta. Na Europa e no Japão, as
Bolsas subiram.
Nos EUA, o índice Dow Jones chegou ao fim das operações com baixa de 0,10%.
O evento mais aguardado do
dia foi o último encontro do
Fed (banco central dos EUA)
de 2009. Como
esperado, o Fed manteve a taxa
básica entre zero e 0,25%.
O que chamou a atenção foi a
confirmação da suspensão de
medidas de estímulo à economia em fevereiro próximo. Segundo analistas, esse seria o
primeiro passo a ser dado antes
de os juros americanos começarem a subir. O aumento das
taxas nos EUA vai elevar a atratividade dos títulos do Tesouro,
o que pode acabar por afastar
uma parcela dos investidores
do mercado de ações.
Alguns dados econômicos
nos EUA completaram a agenda do dia. O CPI (índice de preços ao consumidor) ficou dentro das estimativas, ao apresentar elevação de 0,4% em novembro. Os investidores temiam que o CPI mostrasse desempenho similar ao dos preços ao produtor, que assustaram anteontem ao apontar alta
bem acima do esperado.
Na Europa, apesar de a agência de classificação de risco
Standard & Poor's ter rebaixado a Grécia, como a Fitch já havia feito, os mercados de ações
subiram. A Bolsa de Londres
encerrou o pregão com alta de
0,65%; Frankfurt ganhou
1,58%. Um dado bem recebido
na região foi o número menor
de pedidos de seguro-desemprego feitos pelos britânicos no
mês de novembro.
As vendas mais expressivas
na Bovespa, especialmente no
período da tarde, elevaram o
volume financeiro girado. Somado aos R$ 5 bilhões do exercício de opções de Ibovespa, o
giro total de ontem foi a R$ 16,9
bilhões -o maior do ano.
Houve 52 baixas entre as 62
ações que entram na composição do índice Ibovespa.
Nem mesmo a elevação no
barril do petróleo, que encerrou cotado a US$ 72,66 em Nova York, com alta de 2,79%, favoreceu a Bovespa: as ações PN
da Petrobras recuaram 0,36%.
A outra gigante da Bolsa, a
Vale, também terminou as operações no vermelho. Seu papel
PNA recuou 0,64%.
O dólar teve um dia menos
agitado que a Bolsa de Valores
ontem. A divisa norte-americana terminou cotada a R$ 1,75,
com recuo de 0,23% em relação
ao real.
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