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Reestruturação
trouxe desemprego
da Reportagem Local
O setor automotivo ainda predomina no ABCD. As montadoras e
as fabricantes de autopeças representam cerca de 60% dos empregos metalúrgicos da região.
E foi justamente a reestruturação
desse setor que gerou grande parte
do desemprego no ABCD.
"O regime automotivo do governo, ao não ter posição sobre o
nível de emprego, é em parte responsável pelo desemprego", diz
Osvaldo Rodrigues Cavignato, da
subseção do Dieese (órgão de assessoria sindical) do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC.
A base da entidade, que chegou a
aproximadamente 200 mil metalúrgicos no início da década, é hoje
de 118 mil trabalhadores.
"Existiam propostas de estabelecer cotas de importação de autopeças e um índice de nacionalização dos automóveis que foram
deixadas de lado", acrescenta.
A política de compensar o desemprego com a atração de novos
investimentos, em sua opinião,
pode não ter resultado.
Segundo ele, muitos dos investimentos que aportam na região
nem mesmo criam vagas e somente geram corte de vagas. Segundo o
sindicato, o número de 6.516 estabelecimentos industriais em 1990
caiu para 5.781 em 1995.
(ME)
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