São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 1998.



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Reestruturação trouxe desemprego

da Reportagem Local

O setor automotivo ainda predomina no ABCD. As montadoras e as fabricantes de autopeças representam cerca de 60% dos empregos metalúrgicos da região.
E foi justamente a reestruturação desse setor que gerou grande parte do desemprego no ABCD.
"O regime automotivo do governo, ao não ter posição sobre o nível de emprego, é em parte responsável pelo desemprego", diz Osvaldo Rodrigues Cavignato, da subseção do Dieese (órgão de assessoria sindical) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
A base da entidade, que chegou a aproximadamente 200 mil metalúrgicos no início da década, é hoje de 118 mil trabalhadores.
"Existiam propostas de estabelecer cotas de importação de autopeças e um índice de nacionalização dos automóveis que foram deixadas de lado", acrescenta.
A política de compensar o desemprego com a atração de novos investimentos, em sua opinião, pode não ter resultado.
Segundo ele, muitos dos investimentos que aportam na região nem mesmo criam vagas e somente geram corte de vagas. Segundo o sindicato, o número de 6.516 estabelecimentos industriais em 1990 caiu para 5.781 em 1995. (ME)



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