Logo depois do anúncio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, irá viajar para a Europa para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, de 24 a 28 deste mês, e, em seguida, terá um encontro, em Londres, com o ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, provável sucessor de Tony Blair no cargo de primeiro-ministro.
O principal objetivo de Mantega na reunião com Brown será o de extrair subsídios para a política fiscal do segundo mandato do governo Lula, em especial a forma de cálculo do Orçamento público. Mantega pretende adotar no Brasil o modelo britânico das contas públicas do Partido Trabalhista.
No Reino Unido, o governo elabora dois Orçamentos, um para investimentos e outro para as despesas correntes. Os dois são independentes. Um não pode transferir recursos para o outro. E, para fins de cálculo do superávit primário, não são contabilizados os gastos com investimento.
No Brasil, pelo menos até agora, o investimento entra na contabilidade do cálculo do superávit primário. Dessa forma, para o governo cumprir as metas que tem traçado nos últimos anos, o investimento acaba sendo adiado. A idéia de Mantega é seguir o modelo britânico.
Uma equipe da Fazenda comandada pelo secretário de Assuntos Internacionais, Luiz Pereira, já esteve em Londres para colher subsídios sobre a contabilidade do governo britânico e estudar a viabilidade de ser aplicado no Brasil.
O objetivo de Mantega, ao se inspirar no modelo britânico, é também mostrar que o Brasil não irá partir para uma política esquerdista como as que têm sido apregoadas por outros países da América do Sul, principalmente Venezuela, Bolívia e Equador. Haveria uma opção no centro, baseada no trabalhismo britânico.
O grande receio do mercado, no entanto, quando o Brasil opta por modelos desse tipo, de extrair o investimento do cálculo do superávit primário, é o de não fazer bem uma coisa nem outra. O risco é o dinheiro do investimento ser usado para gastos correntes.
O ideal, na opinião de muitos economistas, seria que o governo cortasse despesas e reduzisse a carga tributária para abrir espaço para o setor privado poder investir. Seria também o melhor caminho para o BC poder cortar os juros.

Chef é acusado de racismo em Nova York

A porta do restaurante do badalado chef francês Daniel Boulud, em Nova York, foi ocupada nos últimos dias por manifestantes que o acusam de discriminação.
Boulud, conhecido por ser perfeccionista, está sendo acusado por ex-funcionários que afirmam não terem conseguido uma promoção por serem imigrantes da América Latina ou de Bangladesh.
Os empregados também afirmaram que Boulud e outros gerentes chegaram a gritar ofensas racistas.
Nascido em Lyon, o chef tem usado como defesa sua condição de imigrante. Para ele, racismo é crime de fácil acusação e difícil defesa.

ENXOVAL
São Paulo ganha, na próxima segunda, uma loja-conceito totalmente voltada para bebês e gestantes. A BBtrends ficará na alameda Gabriel Monteiro da Silva e reunirá marcas do mercado europeu. A idéia é oferecer acessórios, enxovais, pelúcias, carrinhos de bebê, cadeirinhas para carro, bebê-conforto, moisés, entre outros produtos. "Teremos ainda serviços, como massagens para as mamães e para os bebês também", diz Karine Gontijo, sócia-diretora da loja. Entre as marcas mais conhecidas, estão as holandesas Quinny, Maxi-Cosi e Freshwear, a alemã TFK de carrinhos esportivos, as francesas Bébé Chocolat e Kaloo.

NA LINHA
Belmiro Mendes de Azevedo, presidente da Sonae, disse ontem ao "El País" que a empresa "não tardará nenhum minuto para procurar a Telefónica", assim que tiverem o controle do Portugal Telecom, mas sabe, assim como a Telefónica, que não devem fazer isso agora. Um dos temas a abordar é quem ficará com a Vivo.

ALIANÇA
Abimaq e Sebrae firmarão convênio na próxima segunda para melhorar o posicionamento de mais de 2.500 empresas de pequeno porte da indústria de máquinas e equipamentos. A cooperação será técnica e financeira. O projeto tem duração de 24 meses e vai demandar recursos de R$ 2,77 milhões das duas entidades.

ALIERTA E FHC
Cesar Alierta, presidente mundial da Telefónica, não veio ao Brasil apenas para se encontrar ontem com Lula e anunciar o megainvestimento de R$ 15 bilhões no Brasil. Na véspera, ele se encontrou com Fernando Henrique Cardoso, em SP. O objetivo era convidá-lo para uma série de conferências na Espanha neste ano.

MÓVEL
A Claro liderou o "share" de vendas líqüidas no último trimestre do ano passado, atingindo 42,2% de participação de mercado. João Cox, presidente da empresa, afirma que é a meta é fazer com que a Claro seja líder do mercado de telefonia móvel, o que poderá ocorrer depois de abocanhar uma fatia de clientes classe A.

TEMPERATURA
O mercado permanece aquecido para o crédito consignado. O banco BVA iniciou captação de R$ 200 milhões neste setor. A operação será concluída no mês de março.

ABERTO
A Fecomercio SP entrega a Serra, nesta semana, um ofício de apoio à promulgação do projeto de lei que faculta a abertura de estabelecimentos comerciais aos domingos no Estado.