São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2009

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Ex-funcionários tentam quitar dívidas com a compra de carros

DA ENVIADA ESPECIAL
DO REPÓRTER FOTOGRÁFICO

No primeiro dia após a demissão, o monitor de montagem Leandro de Carvalho Silva, 28, passou a manhã limpando o carro que ainda não terminou de pagar. "É o que sei fazer. E dá um pouco de saudade", disse.
Silva mora com a mãe e sustentava a casa com um salário de R$ 1.500. Preocupado com as dívidas, pretende quitar os R$ 3.600 em prestações do carro com o dinheiro da demissão.
Emerson Domingo, 24, havia acabado de comprar um carro quando foi demitido. Ainda faltam 40 prestações. Ele vive com a mulher e, para equilibrar o orçamento, agora trabalha aos sábados e domingos como vendedor numa loja de roupas.
Os demitidos do setor estão endividados com os carros que eles mesmos ajudaram a fabricar. Em 2007, a produção chegou a 2,97 milhões de veículos. No ano passado, foram 3,21 milhões. Mas no fim do ano houve forte desaceleração, com queda de 54% da produção em dezembro ante igual mês de 2007.


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