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Decepcionada com banco, milionária recomenda pulverizar investimentos
Pedro Carrillo/Folha Imagem
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A designer I.P., que tem aplicações em vários bancos, aconselhada por uma consultoria
DA REPORTAGEM LOCAL
Decepcionada com o trabalho dos "private bankers", a
designer I.P. (ela pediu anonimato, por razões de segurança) decidiu assumir as rédeas de suas finanças sem ficar atrelada a um banco ou a
um gestor em particular, mas
contando com a consultoria
especializada de um "family
office" independente.
"O problema do banco é
que o gerente vai oferecer o
que interessa ao banco, que é
quem paga o salário dele. Você não é o patrão dele; é mais
um cliente entre muitos outros. Há um conflito de interesses óbvio aí. Trabalhar
com banco não tem jeito. Ele
sempre vai ganhar", disse.
A empresária tem seu patrimônio pulverizado hoje
em cerca de 26 bancos e gestores de recursos diferentes.
Na escolha das aplicações, foi
aconselhada pela consultoria
Reliance, de assessoria de investimentos, que é remunerada por um percentual de
seu lucro financeiro.
Segundo ela, os consultores
estão sempre de olho nos melhores produtos de todos os
bancos e butiques. "Se eu estivesse atrelada a um só banco,
nunca conseguiria acesso a isso. Só teria os produtos vendidos por esse banco", disse.
A empresária conta que
chegou à conclusão de que era
mal atendida pelos bancos da
pior maneira possível, em
meio à crise nos mercados.
"Tem que acompanhar. Não
dá para terceirizar e deixar lá.
Aprendi a lidar com os investimentos; nem é tão difícil assim. Mas mesmo com esses
consultores, não tenho competência para gerir o meu
próprio patrimônio. Tem de
ser bem assessorado, senão
você faz besteira. Preciso de
um profissional que vá me colocando nas jogadas boas.
Mas sou eu quem libera o dinheiro. Vai de uma conta minha para outra conta minha.
Não passa nada por eles."
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