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Queda também afeta operações de empresas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A desaceleração no uso do
leasing não se restringe apenas ao setor automotivo. O
mesmo ocorre com as operações de empresas, que incluem também aquisições de
máquinas e equipamentos.
O valor dessa carteira atingiu seu pico no início de
2009 e, nos últimos 12 meses, já encolheu mais de 10%.
Esse é um dos piores desempenhos no crédito empresarial após a crise -apenas o
crédito com recursos externos teve redução maior.
Segundo o presidente da
Abel (Associação Brasileira
das Empresas de Leasing),
Osmar Roncolato, essa queda pode refletir também os
problemas jurídicos que afetam o setor. O Ministério Público de São Paulo contesta
algumas cláusulas dos contratos, por entender que elas
contrariam o Código de Defesa do Consumidor.
Uma das reclamações é a
autorização para débito automático na conta corrente
do consumidor ou do fiador
no caso de a prestação não
ser paga. Outra pede que o
cliente não seja mais obrigado a emitir uma nota promissória no valor da dívida.
Há ainda a questão da venda de seguro com o leasing e
a falta de garantia para que,
em caso de rescisão, o consumidor receba o valor pago. O
argumento é que há muitas
exigências, pois a instituição
financeira já tem como garantia a propriedade do bem.
Outra preocupação do setor é uma ação movida por
alguns municípios de Santa
Catarina, que colocou em
discussão o local de cobrança
do ISS. Para as prefeituras,
tem de ser pago no local de licenciamento do veículo
-hoje, a cobrança é na sede
da instituição financeira.
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