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Minas Gerais assume segundo lugar na cana
DA REDAÇÃO
A redução de área para cana-de-açúcar em São Paulo e a valorização das terras farão o setor buscar novas fronteiras. E
Minas Gerais será o caminho
preferido, conforme avaliação
da Unica (União da Indústrias
de Cana-de-Açúcar).
O Estado, que atualmente
produz 29 milhões de toneladas de cana, deverá atingir 80
milhões nos próximos cinco
anos e será responsável por 11%
da safra nacional.
A produção de cana também
avança para Mato Grosso do
Sul, Goiás e Paraná, que deverão colher cerca de 60 milhões
de toneladas cada e terão participações individuais de 8% no
total a ser produzido na safra
2012/13.
Os quatro Estados (MG, MS,
GO e PR), que hoje produzem
89 milhões de toneladas de cana, vão atingir 253 milhões em
2012/13. Ou seja, vão acrescentar 164 milhões de toneladas
em relação à produção atual.
Mesmo sendo líder nacional
em produção de cana-de-açúcar, São Paulo deverá acumular
outro 1,7 milhão de hectares do
produto nos próximos cinco
anos, somando área total de 5,4
milhões de hectares.
Hoje, o Estado é responsável
por 62% da produção de cana
do país, percentual que recuará
para 53% daqui a cinco anos.
Nos cálculos da Unica, o Brasil tem atualmente 6,3 milhões
de hectares plantados com cana-de-açúcar, mas em cinco
anos a área deverá atingir 10,3
milhões, com produção prevista de 728 milhões de toneladas.
Antônio Pádua Rodrigues,
diretor técnico da entidade, diz
que dessa matéria-prima sairão
38 milhões de toneladas de açúcar e 38 bilhões de litros de álcool. Para atingir esses números, o setor deve investir US$ 17
bilhões e acrescentar 76 novas
usinas às 325 já existentes.
Elevação de custos
Esse avanço da cana inflaciona os custos de produção também nas novas regiões. É o caso
de Goiás, grande produtor de
soja e que começa a receber investimentos no setor sucroalcooleiro.
A cana não vai tomar toda a
área da soja, mas onde as duas
conviverem os custos dos produtores de soja certamente vão
ser maiores.
Ambos os setores se utilizam
muito de terra arrendada, e a
cana leva vantagem. A demanda por álcool está aquecida, o
que garante renda ao setor e fôlego maior para remunerar os
arrendamentos.
Mas, se as usinas inflacionam
os custos de outros setores,
também são vítimas dessa mudança de cenário. Há dois anos,
pagavam de 10 a 15 toneladas de
cana por hectare quando arrendavam terras na região de Araçatuba (São Paulo). Hoje, não
encontram mais terra para arrendar com valores inferiores a
20 toneladas.
Em Mato Grosso do Sul, Estado que também começa a receber investimentos no setor, o
arrendamento já se dá na faixa
de 30 a 35 toneladas por alqueire.
(MZ)
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