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Ações de bancos recuam pelo mundo
Temor de crise sistêmica afugenta investidores, e papéis do Lehman Brothers têm o quarto maior declínio entre 500 empresas
Recuo nesta década do índice S&P 500 se aproxima do dos anos 1930 e 1970, os dois piores períodos para as Bolsas dos EUA em 80 anos
DA REDAÇÃO
O temor de que os problemas
do Bear Stearns se espalhem
para outras instituições fizeram com que as ações de bancos tivessem um dia de quedas
expressivas, ajudando a derrubar os mercados pelo mundo.
Os papéis do Lehman Brothers,
que é visto como um dos bancos de investimento mais expostos à crise, atingiram o seu
menor nível em seis anos.
Apesar das declarações do
seu presidente-executivo, Dick
Fuld, de que as medidas de anteontem do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) "tiraram a
questão da liquidez de sobre a
mesa para toda a indústria [financeira]", as ações do Lehman
Brothers tiveram a quarta
maior queda (19,13%) entre os
500 papéis que compõem o índice S&P 500, da Bolsa de Nova
York, que caiu 0,90% ontem.
O S&P 500 caiu 19% desde
que atingiu seu recorde, em 9
de outubro de 2007, e perdeu
13% de seu valor desde o início
desta década. O declínio se assemelha às quedas registradas
nas décadas de 1930 e 1970, os
dois piores períodos para o
mercado de ações norte-americano dos últimos 80 anos.
A maior desvalorização do
S&P 500 foi a do Bear Stearns,
que caiu 83,97% ontem, mas
outros bancos também estiveram entre os que mais perderam. Os papéis do Washington
Mutual retrocederam 12,75%,
os do Morgan Stanley, 8,02%, e
os do Merrill Lynch, 5,36%. As
ações do Citigroup tiveram a
segunda maior perda entre as
30 empresas do índice Dow Jones, também de Nova York, de
5,36% -só não foi pior que a da
General Motors.
Na Europa, o setor também
teve um dia de queda, com as
ações do UBS caindo 13,9%, e as
do Credit Suisse, 8,6% no mercado de Zurique. Na Bolsa de
Londres, os papéis do Barclays
retrocederam 9,4%.
Já os bancos brasileiros, registrando lucros recordes, não
vêm tendo grandes oscilações
em seu valor de mercado por
estarem menos expostos à crise
aguda no mercado imobiliário
dos EUA, epicentro dos problemas atuais.
Com a Bloomberg
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