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Sede do Bear Stearns vale 6 vezes o banco
DA REDAÇÃO
Um dos principais acionistas
do Bear Stearns, o britânico Joseph Lewis, criticou a proposta
do JPMorgan Chase e disse que
espera que o negócio não seja
fechado. Apenas a sede em Nova York do banco de investimento é avaliada em US$ 1,5 bilhão, cerca de seis vezes a oferta
do JPMorgan.
"Eu considero irrisória a
oferta e não acho que terá a
aprovação dos acionistas", disse Lewis à rede de TV CNBC.
Segundo a emissora, ele é o segundo maior acionista do banco e perdeu cerca de US$ 1 bilhão com a decisão de comprar
aproximadamente 10% das
ações da instituição. Lewis é
um dos homens mais ricos do
Reino Unido, com uma fortuna
de US$ 3 bilhões, de acordo
com a lista da revista "Forbes".
Um outro acionista do Bear
Stearns entrou ontem com
uma ação na Justiça americana
em que diz que o banco enganou os investidores sobre a sua
situação financeira e pede indenização.
Avaliada em US$ 1,5 bilhão, a
sede de 45 andares do Bear
Stearns, localizada na Madison
Avenue, em Nova York, fica em
frente ao prédio de escritórios
do JPMorgan Chase, possui
acesso subterrâneo à estação
de trem Grand Central, por onde passam 700 mil usuários todos os dias, e dispõe de uma
torre octogonal, que oferece oito salas com vista para a rua na
maioria dos andares.
Ainda segundo a CNBC,
aproximadamente metade dos
14 mil funcionários do Bear
Stearns poderá perder seus
empregos, caso a venda para o
JPMorgan Chase, por US$ 236
milhões, seja concretizada.
Para piorar, os funcionários
possuem cerca de um terço das
ações do banco e viram seu investimento praticamente evaporar com a desvalorização dos
papéis da instituição. O clima
ontem na sede do banco nos
Estados Unidos era de apreensão, e muitos trabalhadores estavam indignados com a venda
da instituição.
Com agências internacionais
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