São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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Crise terá graves conseqüências e longa duração, alerta FMI

DA FOLHA ONLINE

A crise financeira "vai a durar bastante tempo" e terá "graves conseqüências", afirmou ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn.
"Há crises conjunturais como as que estamos vivendo", que vão "durar bastante, com graves conseqüências", disse Strauss-Kahn em uma conferência organizada em Paris pelo FMI e pela OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre as reformas estruturais na Europa.
De acordo com o chefe do FMI, os países emergentes também serão afetados pela crise financeira, que no momento atinge principalmente os Estados Unidos e os países desenvolvidos.
"Não há desconexão" entre países desenvolvidos e emergentes, e sim um "tempo diferente" na crise, afirmou. "Infelizmente, os países emergentes serão afetados" e as previsões de crescimento do FMI para essas nações já foram diminuídas entre 0,75 ponto percentual e 1 ponto percentual, acrescentou o dirigente francês.
O mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, também afirmou que não há "desconexão", embora tenha considerado que os países de América Latina parecem "melhor preparados" para enfrentar os problemas da economia mundial.

Europa
A Europa não está ameaçada por enquanto por uma recessão, embora o Fundo vá rever para baixo suas previsões de crescimento para a região, disse Michael Deppler, diretor do FMI para a Europa.
Questionado sobre a eventualidade de uma recessão na Europa devido à crise nos Estados Unidos, o dirigente respondeu que "isso não está entre as previsões" do FMI. Para ele, a intensidade da crise na Europa será inferior à nos EUA.


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