DA REDAÇÃO

As categorias ligadas à indústria conseguiram reajustes acima da inflação em 94% das convenções e acordos coletivos analisados pelo Dieese em 2007. Comércio (85%) e serviços (81,1%) puxaram o índice geral (87,7%) para baixo. O levantamento não considera a agricultura nem o setor público.
No ano anterior, os trabalhadores da indústria tinham obtido aumentos reais em 89,4% dos casos, enquanto o comércio estava em patamar superior (90,8%). "O setor industrial é quem puxa a atividade econômica", analisa Silvestre Prado, do Dieese.
No Estado de São Paulo, a afirmação ganha ainda mais força. Os reajustes acima da inflação englobaram 97,2% das negociações da indústria, contra 85,7% do comércio e 68,4% de serviços, levando a uma média de 84,6%.
Para Anselmo dos Santos, da Unicamp, a desvalorização do dólar ante o real é um ponto que deve ser considerado neste ano em acordos e convenções, argumentando que é preciso olhar para setores exportadores que foram prejudicados pelo câmbio.
Na análise por região, o Norte se destaca com ganhos reais em 91,7% dos casos analisados, seguido de perto pelo Sul (91,5%). (TR)


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