DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras anunciou ontem um corte de 20% no seu programa de investimentos para este ano. A estatal aplicará R$ 7,2 bilhões em novos projetos em 2003 -menos do que os R$ 9 bilhões previstos anteriormente. Em 2002, havia gasto R$ 6 bilhões.
A decisão foi tomada ontem pelo conselho de administração da estatal, que esteve reunido no Rio.
O conselho aprovou o plano estratégico da companhia de 2003 a 2007. No período, o total a ser investido ficou inalterado em R$ 34,3 bilhões. O corte neste ano será diluído nos próximos.
Ao justificar a redução, a Petrobras citou, em nota, "as condições deterioradas do mercado financeiro". Foi levado em conta, principalmente, a volatilidade do câmbio e do preço do petróleo, que poderia afetar o plano de negócios da companhia.
A revisão do plano, informa a Petrobras, ficou restrita ao curto prazo (2003) e considerou a dificuldade de financiamento na atual conjuntura.
A Petrobras também se orientou, ao optar por diminuir investimentos, pelo atual nível de endividamento e por manter um bom retorno sobre o capital investido. Apesar da redução, a Petrobras informou que manteve intactos projetos prioritários -como a contratação de novas plataformas de produção de óleo.

CVM vazamento
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu não abrir inquérito administrativo após concluir que não houve vazamento de informação sobre a existência de um campo de petróleo da Petrobras descoberto em Sergipe.
O caso gerou desentendimento entre a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a Petrobras. Na época, a Petrobras divulgou nota acusando a ANP de ter anunciado a descoberta "de forma confusa e incorreta". A Petrobras alegou então que não tinha certeza do potencial do poço.
Todos os funcionários da Petrobras e da ANP que sabiam da informação foram investigados pela CVM. Nenhum deles negociou papéis da estatal entre 28 de fevereiro e 18 de março.


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