São Paulo, sábado, 18 de maio de 2002

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Acordo eleva Chile à condição de país "querido"

DO ENVIADO ESPECIAL A MADRI

O Chile assumiu ontem de uma vez o papel de país latino-americano preferido da comunidade internacional, ao assinar declaração conjunta com a União Européia na qual dão por concluídas as negociações para, na prática, um acordo de livre comércio entre as partes.
Tanto é assim que, segundo o jornal espanhol "El País", o Chile estava sendo tratado, nos corredores da cúpula como "15+1" -seria o 16º país da União Européia, que reúne 15 nações.
Em discurso, o presidente Ricardo Lagos comprou a brincadeira. Disse que, "de certo modo, o Chile hoje volta à Europa, que também foi a casa com a qual compartilhamos valores comuns. Viemos dos confins do mundo, onde começa a amanhecer agora, para celebrar um acordo que nos unirá ainda mais no futuro".
Até o presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu que o acordo Chile/União Européia "é um fato histórico". FHC acha que o acordo "abriu as portas para nós", aludindo às negociações entre Mercosul e UE.
O acordo foi descrito pelo comissário europeu de comércio, Pascal Lamy, como "típico do século 21, capaz de mesclar acesso ao mercado e a regras". De fato, o acordo inclui o setor de serviços, as concorrências públicas, os investimentos e as normas sobre concorrência. (CR)


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