São Paulo, sábado, 18 de maio de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Confiança do consumidor sobe ao melhor índice desde 2000

Déficit comercial recua nos EUA

DA REDAÇÃO

A balança comercial dos EUA registrou uma ligeira melhora em março, com uma redução de 0,37% no déficit das transações feitas com o exterior. A disparada do preço do petróleo no período fez os gastos com a importação do produto crescerem no maior ritmo em quase 12 anos.
Por outro lado, uma pesquisa divulgada ontem mostra que os norte-americanos estão mais otimistas em relação à situação econômica. O índice preliminar de confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu para 96 pontos neste mês, a melhor leitura desde dezembro de 2000.
O índice de confiança é um dos indicadores mais observados pelos analistas norte-americanos. Ele indica a propensão do consumidor a gastar, e, como dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) são gerados a partir do consumo, dão pistas sobre o comportamento futuro da economia.
Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o déficit de março foi de US$ 31,6 bilhões. O valor ficou um pouco abaixo dos US$ 31,75 bilhões registrados no mês anterior, quando o saldo negativo tinha sido o maior em dez meses.
Em março, as exportações norte-americanas cresceram 0,6%. Os destaques foram aviões, computadores, veículos e autopeças.
Já as importações subiram 0,3%. A conta petróleo (total gasto com a compra do produto no exterior) saltou 15,7%.
Segundo o Departamento de Comércio, o barril do petróleo ficou, em média, US$ 2,62 mais caro do que em fevereiro. O salto foi o maior desde o registrado em outubro de 1990, quando o ditador iraquiano, Saddam Hussein, determinou a invasão ao Kuait. Naquele mês, o barril subiu US$ 4,45 em média.
Considerando-se os três primeiros meses do ano, o déficit comercial norte-americano encolheu 3,9% em relação ao primeiro trimestre de 2001. Isso significa que o apetite dos norte-americanos por produtos importados continua fraco, em um sinal de que a economia está desaquecida.
O Brasil melhorou seu desempenho no comércio com os EUA. Em março, o país exportou US$ 37 milhões mais aos norte-americanos do que importou. Em fevereiro, o saldo tinha sido de US$ 10 milhões a favor do Brasil.
Na comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano passado o resultado é ainda mais significativo: o país saiu de um déficit de US$ 268 milhões, em 2001, para um superávit de US$ 134 milhões.


Com agências internacionais


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