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DIAS DE TENSÃO
Preço do barril no fechamento sobe 0,41% e atinge US$ 41,55
Petróleo tem novo recorde em NY
DA REDAÇÃO
O preço do barril do petróleo fechou ontem no maior valor de sua
história em Nova York pelo quarto pregão consecutivo. Em um dia
de volatilidade e impulsionado
pela repercussão do atentado no
Iraque, o preço do barril para entrega em junho era negociado no
fechamento a US$ 41,55, alta de
0,41% ante sexta-feira.
"O assassinato [do então presidente do Conselho de Governo do
Iraque, Izzedin Salim, em Bagdá]
e uma nova explosão em um óleoduto perto de Kirkuk (norte do
Iraque) não fazem mais do que
ilustrar a continuidade das ameaças de sabotagem e de terrorismo", afirmou Marshall Steeves,
analista da corretora Refco.
Em Londres, o barril do petróleo tipo brent teve ligeira alta, de
0,34%, e fechou cotado a US$
37,91. Segundo analistas, esse
mercado foi influenciado também pelos ataques a sedes de bancos britânicos na Turquia, horas
antes da chegada do primeiro-ministro Tony Blair ao país.
Embora tenha registrado baixa
durante o dia -chegou a baixar
da marca de US$ 41-, o barril na
Bolsa Mercantil de Nova York
(Nymex, em inglês) chegou a
atingir, nos negócios realizados
antes da abertura oficial do pregão, um novo patamar que seria
recorde, de US$ 41,85.
A escalada até o valor recorde de
fechamento ocorreu na última
hora de negócios do pregão oficial. Na sexta-feira, o barril havia
encerrado o dia a US$ 41,38.
Segundo analistas, a variação no
pregão de ontem ocorreu porque
parte do mercado entendeu que o
preço do petróleo já estava elevado demais e decidiu realizar lucros. Mas as incertezas quanto à
situação no Oriente Médio teriam
sido mais fortes no fim do dia.
Para Mike Fitzpatrick, analista
da Fimat, a correção de preços será mais do que necessária. Ele diz
que, a menos que haja uma catástrofe, "será difícil fazer a alta durar. Não me surpreenderia ver o
mercado recuar nesta semana".
Ontem o presidente da Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Purnomo
Yusgiantoro, voltou a sinalizar
que a entidade deve decidir nos
próximos dias pela elevação da
produção. Segundo ele, a Opep
não "está feliz com os preços altos, que podem causar recessão".
Apesar dos sucessivos recordes
nominais do barril em Nova
York, as cotações, se ajustadas pela inflação, não se aproximam dos
valores registrados na época da
Revolução Islâmica no Irã, no fim
dos anos 70. Com o ajuste, o preço
do barril naqueles anos chegou a
superar o patamar de US$ 70.
Com agências internacionais
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