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MERCADO FINANCEIRO
Governo voltará à prática de venda, que havia sido interrompida porque o mercado pedia juros altos
Tesouro decide retomar leilão de títulos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tesouro Nacional decidiu
realizar o leilão de títulos públicos
que está programado para hoje.
Na segunda-feira passada, o Tesouro cancelou o leilão de títulos
que seria realizado na terça, atitude que não tomava desde agosto
do ano passado. Há duas semanas, o governo recusou todas as
propostas feitas pelas instituições
financeiras e não vendeu nenhuma das LTNs (Letras do Tesouro
Nacional, títulos prefixados) ofertadas.
Hoje serão ofertados títulos
pós-fixados (LFTs), com prazos
de resgate até o final de 2006. Nas
últimas semanas, o Tesouro realizou leilões de recompra de LFTs
de prazo de vencimento entre
2007 e 2009, que vinham perdendo valor no mercado.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que
espera um leilão de títulos tranqüilo. "Creio que vamos ter demanda [para os títulos] e um preço aceitável", disse ele.
Levy deixou claro que o Tesouro só venderá papéis caso o preço
oferecido pelo mercado seja vantajoso. "A regra geral é não aceitar
qualquer preço", disse.
Questionado sobre quando o
Tesouro deverá voltar a vender
LTNs (títulos prefixados), Levy se
limitou a afirmar que o governo
tradicionalmente não vende títulos prefixados na véspera das reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Ao cancelar o leilão da semana
passada, o Tesouro afirmou que a
decisão foi tomada devido à volatilidade do mercado.
Nesta semana, o Tesouro terá
de encarar o vencimento de R$
31,6 bilhões em títulos públicos
pós-fixados. A expectativa é a de
que o Tesouro role grande parte
desse vencimento por meio da colocação de títulos de prazos mais
curtos (até 2006).
Captação
Mesmo com o turbulento cenário externo, o Unibanco conseguiu concluir a captação de US$
200 milhões por meio de papéis
com prazo de resgate de sete anos.
Segundo o banco, a operação previa inicialmente a captação de
US$ 150 milhões, que foi aumentada devido à forte demanda de
investidores institucionais.
Com o atual cenário de volatilidade e incertezas, analistas avaliam que muitas empresas e bancos vão adiar suas emissões programadas.
Com a Reportagem Local
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