São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Governo voltará à prática de venda, que havia sido interrompida porque o mercado pedia juros altos

Tesouro decide retomar leilão de títulos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Tesouro Nacional decidiu realizar o leilão de títulos públicos que está programado para hoje.
Na segunda-feira passada, o Tesouro cancelou o leilão de títulos que seria realizado na terça, atitude que não tomava desde agosto do ano passado. Há duas semanas, o governo recusou todas as propostas feitas pelas instituições financeiras e não vendeu nenhuma das LTNs (Letras do Tesouro Nacional, títulos prefixados) ofertadas.
Hoje serão ofertados títulos pós-fixados (LFTs), com prazos de resgate até o final de 2006. Nas últimas semanas, o Tesouro realizou leilões de recompra de LFTs de prazo de vencimento entre 2007 e 2009, que vinham perdendo valor no mercado.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que espera um leilão de títulos tranqüilo. "Creio que vamos ter demanda [para os títulos] e um preço aceitável", disse ele.
Levy deixou claro que o Tesouro só venderá papéis caso o preço oferecido pelo mercado seja vantajoso. "A regra geral é não aceitar qualquer preço", disse.
Questionado sobre quando o Tesouro deverá voltar a vender LTNs (títulos prefixados), Levy se limitou a afirmar que o governo tradicionalmente não vende títulos prefixados na véspera das reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Ao cancelar o leilão da semana passada, o Tesouro afirmou que a decisão foi tomada devido à volatilidade do mercado.
Nesta semana, o Tesouro terá de encarar o vencimento de R$ 31,6 bilhões em títulos públicos pós-fixados. A expectativa é a de que o Tesouro role grande parte desse vencimento por meio da colocação de títulos de prazos mais curtos (até 2006).

Captação
Mesmo com o turbulento cenário externo, o Unibanco conseguiu concluir a captação de US$ 200 milhões por meio de papéis com prazo de resgate de sete anos. Segundo o banco, a operação previa inicialmente a captação de US$ 150 milhões, que foi aumentada devido à forte demanda de investidores institucionais.
Com o atual cenário de volatilidade e incertezas, analistas avaliam que muitas empresas e bancos vão adiar suas emissões programadas.


Com a Reportagem Local

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