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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Mantega e Meirelles se reúnem com Febraban
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reunirá hoje
com o presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, e
com o presidente da Febraban,
Fábio Barbosa, para discutir os
"spreads" e as tarifas cobradas
pelos bancos. A reunião é reservada e tem caráter preliminar.
Não deve ser tomada nenhuma
decisão no encontro.
Nas últimas semanas, Mantega tem reclamado muito dos
"spreads" e das tarifas bancárias. Ele tem dito que os
"spreads" têm caído a um ritmo
muito mais lento do que a taxa
de juros básica da economia, a
Selic. Mantega acha que os bancos podem fazer mais. O
"spread" bancário é a diferença
entre o custo de captação dos
bancos e o juro cobrado dos
clientes.
A reunião de hoje já estava
para ser marcada há pelo menos duas semanas, mas teve de
ser adiada algumas vezes. O objetivo é discutir formas para fazer com que os bancos reduzam
o "spread". Em março, o
"spread" médio cobrado pelos
bancos estava em 26,5 pontos
percentuais.
Há uma expectativa de que o
governo faça algumas concessões nessa negociação com os
bancos para fazer com que o
"spread" caia mais rapidamente. Entre elas, uma das alternativas seria a redução do recolhimento compulsório cobrado
sobre os depósitos à vista e a
prazo. As alíquotas do compulsório estão em 45% para os depósitos à vista e em 15% para os
depósitos a prazo, sem remuneração. Há também outros 8%
retidos, mas esses recursos são
remunerados pela Selic.
Mantega tem dito que só irá
pensar em mexer no compulsório depois de os bancos privados reduzirem os "spreads". Os
bancos têm afirmado, no entanto, que, dependendo do tamanho da redução do compulsório, a medida teria pouco
efeito sobre os "spreads".
O fato, no entanto, é que o governo tem outro motivo de
preocupação para pressionar
os bancos privados a baixarem
os juros. Trata-se da sobrevalorização do real, e o governo
acha que uma das razões que
têm influenciado a queda do
dólar é o juro alto.
RECORDE
O último leilão de arte contemporânea da Sotheby's superou as expectativas e gerou novos recordes. Entre eles
está o preço atingido por uma tela de 1950 de Mark Rothko, o clímax do evento. Foi arrematada por US$ 72,8 milhões -eram estimados US$ 40 milhões. Calculado em
US$ 30 milhões, o "Estudo do Papa Inocente 10", de
Francis Bacon, chegou a US$ 52,6 milhões, outro recorde.
NOVA VITRINE
No ano em que completa 40 anos, a Rubinella entra de cabeça no
varejo. A marca de moda feminina que até 2006 atuava apenas no
atacado, abriu ontem sua segunda loja própria na região dos Jardins, em São Paulo, sete meses depois da primeira, no shopping
Morumbi. "Somos e sempre fomos uma marca de alfaiataria, mas
agora estamos dando uma nova roupagem à grife", diz o empresário Renato Rubin, que destaca detalhes modernos em peças clássicas. "A rubinella era conhecida pelas jovens senhoras. Agora, queremos fazer roupa para a mulher que não tem tempo de malhar."
Segundo Rubin, o plano é chegar a 15 lojas em cinco anos.
AMEAÇA
A Philips já negocia com
dois Estados vantagens fiscais para poder transferir
sua fábrica da Zona Franca
de Manaus. A empresa, que
está há 30 anos na Zona
Franca e foi a primeira a se
instalar lá, não se conforma
com o fato de o governo do
Amazonas conceder um benefício fiscal maior para
uma única empresa, a LG
Electronics. A Philips calcula que a LG tem um ganho de
R$ 100 milhões sobre as suas
concorrentes com esse benefício. O sindicato dos metalúrgicos de Manaus fará
uma manifestação hoje contra a possível saída da fábrica da Philips, que irá provocar uma demissão de 2.000
trabalhadores.
PRESIDÊNCIA
A economista Maria Helena Santana é um dos nomes
mais fortes para assumir a
presidência da CVM. Atualmente, ela é diretora por indicação do mercado - Maria
Helena foi executiva da Bovespa.
CERVEJARIA
A cervejaria belgo-brasileira InBev, que atingiu o
posto de primeira do mundo
com a aquisição da AmBev,
segue hoje na liderança do
ranking das maiores cervejarias do mundo, com US$
16,7 bilhões em vendas. A
mexicana Femsa aparece
em sétimo lugar, com US$
11,6 bilhões.
CONSIGNADO
Na contramão do mercado de crédito consignado, o
BMG baterá, neste mês, novo recorde. A máquina não
pára de rodar e a produção
passará os R$ 400 milhões.
BARULHO
A Vivo atingiu 120 mil arquivos de música digital comercializados por mês. A
marca equivale a um disco
de platina vendido pelas tradicionais gravadoras.
HOMENAGEM
Antonio Ermírio de Moraes será homenageado pela
Abal (Associação Brasileira
do Alumínio) na próxima semana, no Congresso Internacional do Alumínio.
CRESCIMENTO
O Sonae Sierra, de shoppings na Europa e no Brasil,
fechou o primeiro trimestre
com faturamento de 22,1
milhões, alta de 12% ante o
mesmo período de 2006.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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