São Paulo, domingo, 18 de maio de 2008

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Crescimento ocasiona problemas como favelização e supervalorização imobiliária

DA FOLHA RIBEIRÃO

Trânsito complicado, supervalorização imobiliária, crescimento de favelas e de moradores de rua são alguns dos problemas de Ribeirão Preto com o desenvolvimento acelerado dos dois últimos anos.
O total de veículos passou de 263.919, no início de 2006, para 314.863 em março deste ano, alta de 19,3%, segundo o Denatran. O governo admite a saturação do trânsito e os problemas que ela pode causar.
Na construção civil, o mercado aponta a supervalorização de áreas com a chegada das construtoras paulistanas. "Vindo para Ribeirão, elas inflacionaram a zona sul da cidade, pagando por áreas mais do que elas valem. Isso traz um risco muito grande e atrapalha as empresas de Ribeirão", disse Walter Alves de Oliveira, vice-presidente estadual do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
A cidade tem 33 núcleos de favela e 4.000 barracos cadastrados. Há cinco anos, eram 2.827. "O aumento é na maioria das vezes provocado por pessoas e famílias que migram sem condições de obter um trabalho bem remunerado", disse o secretário da Assistência Social, Romério Righetti.
Neste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho, a variação no nível de emprego na cidade é de 2,87%, superior à média do Estado (2,64%) e à do país (1,91%).
Ribeirão convive com problemas estruturais, como constantes enchentes e o gargalo do aeroporto, cuja internacionalização está travada. "O aeroporto, que na verdade é somente uma pista de pouso, é o que talvez seja mais grave em termos de logística", diz Marcos Fava Neves, professor de estratégia da FEA, da USP-Ribeirão. (MT)


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