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Crescimento ocasiona problemas como favelização e supervalorização imobiliária
DA FOLHA RIBEIRÃO
Trânsito complicado, supervalorização imobiliária, crescimento de favelas e de moradores de rua são alguns dos problemas de Ribeirão Preto com o
desenvolvimento acelerado
dos dois últimos anos.
O total de veículos passou de
263.919, no início de 2006, para
314.863 em março deste ano,
alta de 19,3%, segundo o Denatran. O governo admite a saturação do trânsito e os problemas que ela pode causar.
Na construção civil, o mercado aponta a supervalorização
de áreas com a chegada das
construtoras paulistanas. "Vindo para Ribeirão, elas inflacionaram a zona sul da cidade, pagando por áreas mais do que
elas valem. Isso traz um risco
muito grande e atrapalha as
empresas de Ribeirão", disse
Walter Alves de Oliveira, vice-presidente estadual do Creci
(Conselho Regional de Corretores de Imóveis).
A cidade tem 33 núcleos de
favela e 4.000 barracos cadastrados. Há cinco anos, eram
2.827. "O aumento é na maioria
das vezes provocado por pessoas e famílias que migram sem
condições de obter um trabalho
bem remunerado", disse o secretário da Assistência Social,
Romério Righetti.
Neste ano, segundo dados do
Ministério do Trabalho, a variação no nível de emprego na
cidade é de 2,87%, superior à
média do Estado (2,64%) e à do
país (1,91%).
Ribeirão convive com problemas estruturais, como constantes enchentes e o gargalo do
aeroporto, cuja internacionalização está travada. "O aeroporto, que na verdade é somente
uma pista de pouso, é o que talvez seja mais grave em termos
de logística", diz Marcos Fava
Neves, professor de estratégia
da FEA, da USP-Ribeirão.
(MT)
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