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Governo quer unificar defesa da concorrência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai enviar ao Congresso Nacional uma proposta
para criação de uma Superintendência de Defesa Econômica, que iria acumular as funções de defesa da concorrência
hoje dispersas pelos ministérios da Fazenda e da Justiça.
A proposta em estudo é retirar das secretarias de Direito
Econômico (SDE), ligadas à
pasta da Justiça, e de Acompanhamento Econômico (Seae),
vinculada ao Ministério da Fazenda, a tarefa de investigar
condutas anticompetitivas e
avaliar processos de fusões e
aquisições de empresas.
As mudanças no Sistema
Brasileiro de Defesa da Concorrência, anunciadas ontem
pelos secretários Daniel Goldberg (SDE) e José Tavares
(Seae) e pelo presidente do Cade (Conselho Administrativo
de Defesa Econômica), João
Grandino, não se limitam à
reestruturação dos órgãos.
O Cade continuaria responsável pela aprovação ou não de
fusões e aquisições, mas faria
seus julgamentos antes da conclusão do negócio. Hoje, as empresas têm de pedir autorização ao Cade depois de já terem
efetuado a fusão ou a aquisição.
Segundo Grandino, para o
sistema de defesa da concorrência analisar os acordos antes
de serem consumados, é necessário diminuir o número de casos que precisam ser autorizados pelo governo. "Entre 80% e
90% dos processos de fusão
não deveriam nem sequer entrar no Cade", disse ele.
Hoje, todo negócio que resulte em participação de mercado
de pelo menos 20% ou no qual
o faturamento anual das empresas supere R$ 400 milhões
tem de autorizado pelo Cade.
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