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EM XEQUE
Investigação diz que Fundo previu apenas 11% das recessões entre 91 e 2001
Congresso dos EUA faz crítica ao FMI
DA REDAÇÃO
O FMI (Fundo Monetário Internacional) não tem sido muito
feliz em uma de suas principais
tarefas, que é antecipar e combater crises na economia internacional. A análise é do órgão de investigações do Congresso norte-americano, o GAO (General Accounting Office).
Em um estudo feito sob encomenda dos congressistas norte-americanos, o GAO diz que o
Fundo antecipou apenas 15 (11%)
das 134 recessões ocorridas em 87
países em desenvolvimento no
período que vai de 1991 a 2001.
"Alguns participantes do mercado [bancos e investidores] consideram os relatórios [do FMI]
atrasados, inoportunos e densos",
diz o estudo do Congresso.
O GAO criticou o histórico do
"World Economic Outlook"
(Perspectivas Econômicas Mundiais), relatório do Fundo publicado duas vezes ao ano. Para o órgão do Congresso, os documentos demonstraram um "desempenho sofrível no que diz respeito a
antecipar as severas crises financeiras da década passada".
Os casos emblemáticos de fracasso do Fundo seriam a crise mexicana de 1996 e a crise cambial
dos países asiáticos (97 e 98). De
acordo com estimativas do próprio Bird (Banco Mundial), instituição irmã do FMI, as crises das
duas últimas décadas teriam custado US$ 1 trilhão ao planeta,
mais do que toda a ajuda humanitária feita no período.
De acordo com o deputado republicano Jim Saxton, o estudo
do GAO mostra como o FMI tem
sido falho em antecipar crises e
também em fiscalizar a maneira
como têm sido utilizados os recursos emprestados a países com
dificuldades financeiras.
"Esse relatório do GAO mostra
uma grande fragilidade na capacidade do FMI de antecipar crises",
afirmou Saxton. "O relatório também corrobora minhas preocupações de que o FMI não tem o
mínimo de salvaguardas para os
empréstimos que concede."
Em resposta ao relatório do
Congresso, a vice-diretora-gerente do Fundo, Anne Krueger, disse
que não seria uma boa idéia fazer
previsões sobre crises em determinados países, porque a previsão poderia fazer com que uma
eventual crise acabasse ocorrendo. "Dadas nossas responsabilidades para a estabilidade financeira, preferimos aprimorar a utilização de nossas análises para
que países vulneráveis adotem reformas que os afastem de crises."
Com agências internacionais
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