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Lula anuncia US$ 3 bi ao setor naval
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva anunciou ontem investimentos, com recursos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de
US$ 3,02 bilhões ao setor naval.
A maioria desses recursos, US$
1,9 bilhão, já havia sido contratado para financiar plataformas e
embarcações de apoio à produção
de petróleo e gás. Efetivamente de
"dinheiro novo" há US$ 1 bilhão,
que será usado para financiar a
construção de navios petroleiros.
Neste ano, o banco irá liberar
US$ 120 milhões para plataformas. Em 2005, serão liberados
US$ 800 milhões para o mesmo
objetivo. Em 2006, o banco irá liberar igual valor.
As embarcações de apoio irão
contar com US$ 300 milhões, a
partir do ano que vem. Já o dinheiro dos petroleiros, que fecha
a soma dos investimentos de US$
3,02 bilhões, ainda não tem data
de liberação.
A Petrobras informou ontem o
valor de duas novas plataformas.
A P-34 custará R$ 265 milhões e a
P-54, R$ 2,4 bilhões.
O R$ 1,3 bilhão destinado à
PRA-1, causa do bate-boca entre
Rosinha Matheus e José Eduardo
Dutra, já havia sido anunciado
anteriormente. Os recursos da P-51, R$ 2,3 bilhões, também já haviam sido anunciados.
"Os investimentos da Petrobras
irão recuperar a possibilidade de
trabalho de uma mão-de-obra
qualificada, que estava perambulando pelas ruas deste país, sem
saber o que fazer", disse Lula, na
cerimônia de assinatura de 11
contratos da Petrobras, realizada
ontem no Palácio do Planalto.
Lula, que aproveitou seu discurso para criticar o governo passado, afirmou que o aumento do índice de nacionalização das plataformas da Petrobras era uma promessa de campanha. Lembrou,
entretanto, que outros candidatos
defendiam a mesma idéia. Citou
Anthony Garotinho (PMDB) e
Ciro Gomes (PPS).
"Eu me lembro de quantos documentos, quantos textos, quantos panfletos tivemos que fazer
para provar que nós tínhamos
condições de fazer, aqui, no Brasil, aquilo que queriam fazer na
Noruega", disse Lula.
O presidente relembrou que, na
campanha, ao defender a construção da P-51 no Brasil, foi chamado de xenófobo (aversão a estrangeiros). "Na época, a direção
da Petrobras defendeu que fosse
feito fora [as plataformas], inclusive com artigos virulentos contra
a idéia xenófoba de querer trazer
para cá coisas que só o Primeiro
Mundo produzia."
A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) informou que o índice de nacionalização das plataformas da Petrobras varia entre
65% e 70%. Nos últimos anos, esse índice variava de 15% a 18%.
(GA)
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