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MERCADO FINANCEIRO
Dólar fechou com recuo de 0,32%; Tesouro vendeu cerca de R$ 1,6 bilhão em títulos prefixados
Mercado monitora a votação do mínimo
DA REPORTAGEM LOCAL
Como a decisão do Banco Central em relação aos juros básicos
da economia não trouxe surpresas, o mercado financeiro teve um
dia sem turbulências. O dólar recuou 0,32%, para R$ 3,129, e a
Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão com pequena baixa de 0,61%.
O Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) manteve a taxa
básica de juros em 16% ao ano,
decisão anunciada após o fechamento do mercado financeiro na
quarta-feira.
Passado o Copom, os investidores voltaram suas atenções para a
votação da medida provisória de
reajuste do salário mínimo, no Senado. Uma derrota do governo
deve ter impacto negativo no humor do mercado.
Nesse clima de calmaria, o Tesouro Nacional realizou um leilão
de títulos públicos prefixados
(LTNs). No leilão, o Tesouro vendeu cerca de R$ 1,6 bilhão em papéis prefixados.
"Com a manutenção dos juros,
e considerando que os investidores esperam que a taxa básica siga
inalterada em julho, o mercado
ganhou um bom parâmetro para
operar", afirma Carlos Henrique
de Abreu, da corretora Socopa.
Devido à turbulência que sacudiu o mercado recentemente, o
Tesouro havia parado de colocar
papéis prefixados, pois as instituições financeiras estavam pedindo
taxas muito elevadas para ficar
com os títulos. Esse tipo de título
não era vendido há cerca de um
mês e meio.
Os papéis ofertados ontem
eram de prazos de vencimento
curtos: janeiro e julho de 2005.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), onde são negociados os contratos futuros de juros, o clima também foi de calmaria. Analistas avaliam que a colocação dos títulos públicos prefixados colaborou para o dia sem turbulências.
Sobe-e-desce
As ações da Vale do Rio Doce
foram destaque de alta no pregão
de ontem, após as quedas dos últimos dias. Os rumores em torno
de um negócio envolvendo a Vale
e a canadense Noranda têm movimentado as ações da empresa.
Ontem, o papel PNA da Vale fechou com valorização de 2,8%,
seguido pelo papel ON da empresa, que subiu 2,5%.
A maior perda de ontem ficou
com a ação ON (com direito a voto) da Tractebel, que recuou 6%.
(FABRICIO VIEIRA)
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