São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2007

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Mercado Aberto

@ - guilherme.barros@uol.com.br

Aumento do gasto público impede redução de impostos

A necessidade de manter o equilíbrio das contas públicas em um ambiente de baixa inflação e com gastos públicos rígidos continuará a impossibilitar a adoção de políticas que conduzam à redução da carga tributária.
A conclusão faz parte do informativo econômico semanal do Banco Itaú, ao analisar os números fiscais de janeiro a abril deste ano do governo federal.
De acordo com o documento, seria desejável observar uma substituição de gastos correntes para financiar um aumento de investimento, já que o nível de gastos do setor público brasileiro já está excessivamente elevado, mas isso não se observa nos números.
"Mais uma vez o maior esforço fiscal foi alcançado com um aumento de arrecadação seguida por um aumento de gastos, traço marcante do ajuste nas contas públicas observado até hoje", de acordo com o informativo.
Segundo dados do governo central divulgados em abril, o superávit primário acumulado nos primeiros quatro meses do ano mostrou-se 11,4% superior, em termos reais, ao obtido em igual período de 2006.
O informativo assinala que "o resultado de abril, como sempre, é influenciado pontualmente pelo comportamento sazonal da receita, onde se destacam o Imposto de Renda e o pagamento de royalties de petróleo".
Segundo o trabalho, a princípio, esses números deixam o setor público em uma situação bastante confortável em relação à meta de 3,8% do PIB para o superávit primário em 2007, que já desconta os recursos alocados para o PPI.
O que chama atenção é a tendência ascendente tanto das despesas como das receitas públicas.
Destacam-se, em particular, o crescimento das despesas de 9,6% com custeio e capital e também as de 10,3% com benefícios previdenciários de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

SÓ QUERO CHOCOLATE

Com base no crescimento de 27% do segmento de chocolates amargos, a Hershey's acaba de lançar no Brasil a linha Special Dark, com alto teor de cacau, em quatro sabores: tradicional, capuccino, com laranja e com menta. "O chocolate amargo cresce cada vez mais no país, principalmente em São Paulo e na região Sul", diz Elizabeth Peart, diretora-geral da Hershey's no Brasil. Segundo ela, a idéia é atingir o público que busca um sabor mais puro de chocolate e criar uma relação semelhante à dos amantes do vinho. "Queremos cativar um público específico com essa linha. É um chocolate mais gourmet", diz Peart. A Hershey's tem em São Paulo a sua fábrica brasileira e está no país desde 2002.

FUSÃO E AQUISIÇÃO
Nas últimas semanas, o escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados assessorou três operações de fusões e aquisições. A última foi a aquisição de uma sociedade na Argentina pela American Bank Notes. Também fechou parceria do grupo Tabu com a Alcotra Bioenergy.

ECO
A edição de 2006 do Relatório Anual e Social da Bovespa já está sendo distribuída e chega ao mercado em formato multimídia. As 5.000 unidades em CD-ROM substituem o papel. O formato gerou economia de papel -em 2005, o relatório consumiu 750 mil páginas.

SAÚDE BILIONÁRIA
Marcos Corona, diretor-geral da GE Healthcare DI no Brasil; a empresa vai investir US$ 1 bilhão até o final do ano no desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia para diagnóstico por imagem

TODOS IGUAIS
Horacio Lafer Piva, presidente da Bracelpa, acaba de chegar de Xangai, onde participou de reunião com 80 CEOs do setor de papel e celulose de todo o mundo. Segundo Piva, os problemas são comuns em relação a mudanças climáticas, energia, compromissos sociais, certificações e água. "O Brasil se destaca no tema do manejo florestal e em seus produtos com 100% de florestas plantadas e certificadas."

CAPITALIZAÇÃO
O primeiro quadrimestre de 2007 foi positivo para o mercado de capitalização. A Fenacap (federação das empresas do setor) comemora os R$ 2,4 bilhões de faturamento acumulado no período, cifra 12,7% superior ao montante obtido em 2006. As reservas do setor também acompanharam esse movimento ascendente, com expansão de 6,8%, totalizando, em abril, R$ 11,4 bilhões. A receita mensal alcançada pelo segmento foi de R$ 636 milhões. São Paulo lidera o ranking nacional do mercado -faturou no período R$ 913, 4 milhões, com 38% de participação no setor. O Rio é o segundo, com R$ 261,6 milhões e 10,9%, seguido por Minas, com R$ 224,1 milhões e 9,3%.

IMOBILIÁRIO
A Coimex Capital, braço imobiliário do grupo capixaba Coimex, passou a investir fora do Espírito Santo e estima vendas de R$ 1,6 bilhão para os projetos que está desenvolvendo no Estado, em São Paulo e em Minas Gerais. Os projetos têm investimentos de R$ 200 milhões.

CRÉDITO-PRÊMIO
A decisão do STJ, de extinguir o crédito-prêmio IPI, caiu como uma bomba na CSN. A empresa, segundo cálculos do mercado, tem R$ 4 bilhões na modalidade. A siderúrgica vinha lançando mão do benefício para compensar débitos com a Receita Federal. Em maio, por decisão da Justiça, que acolheu pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a CSN teve bens penhorados no valor de R$ 1,2 bilhão. Antes da decisão, Mantega tentou uma solução conciliatória. Benjamin Steinbruch foi até Lula. A decisão do STJ só reforçou a posição da Procuradoria.

PROTESTOS
Em maio, a apresentação de títulos no Serviço Central de Protesto voltou a subir. Foram 240.269 títulos, contra 201.641 em abril, segundo pesquisa do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos de São Paulo. Desse total, foram devolvidos como irregulares 24.885 títulos, que por alguma razão não puderam ser intimados, restaram 215.384 em condições de ir para protesto. Dos títulos protestados, apenas 30,82% eram cheques. Foram 27.841, contra 27.454 em abril. As duplicatas aumentaram. O número chegou a 48.799, contra 40.696 em abril.


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