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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Aumento do gasto público
impede redução de impostos
A necessidade de manter o
equilíbrio das contas públicas
em um ambiente de baixa inflação e com gastos públicos rígidos continuará a impossibilitar
a adoção de políticas que conduzam à redução da carga tributária.
A conclusão faz parte do informativo econômico semanal
do Banco Itaú, ao analisar os
números fiscais de janeiro a
abril deste ano do governo federal.
De acordo com o documento,
seria desejável observar uma
substituição de gastos correntes para financiar um aumento
de investimento, já que o nível
de gastos do setor público brasileiro já está excessivamente
elevado, mas isso não se observa nos números.
"Mais uma vez o maior esforço fiscal foi alcançado com um
aumento de arrecadação seguida por um aumento de gastos,
traço marcante do ajuste nas
contas públicas observado até
hoje", de acordo com o informativo.
Segundo dados do governo
central divulgados em abril, o
superávit primário acumulado
nos primeiros quatro meses do
ano mostrou-se 11,4% superior,
em termos reais, ao obtido em
igual período de 2006.
O informativo assinala que
"o resultado de abril, como
sempre, é influenciado pontualmente pelo comportamento sazonal da receita, onde se
destacam o Imposto de Renda e
o pagamento de royalties de petróleo".
Segundo o trabalho, a princípio, esses números deixam o
setor público em uma situação
bastante confortável em relação à meta de 3,8% do PIB para
o superávit primário em 2007,
que já desconta os recursos alocados para o PPI.
O que chama atenção é a tendência ascendente tanto das
despesas como das receitas públicas.
Destacam-se, em particular,
o crescimento das despesas de
9,6% com custeio e capital e
também as de 10,3% com benefícios previdenciários de janeiro a abril deste ano em relação
ao mesmo período do ano passado.
SÓ QUERO CHOCOLATE
Com base no crescimento de 27% do segmento de chocolates amargos, a Hershey's acaba de lançar no Brasil a linha
Special Dark, com alto teor de cacau, em quatro sabores: tradicional, capuccino, com laranja e com menta. "O chocolate
amargo cresce cada vez mais no país, principalmente em São
Paulo e na região Sul", diz Elizabeth Peart, diretora-geral da
Hershey's no Brasil. Segundo ela, a idéia é atingir o público
que busca um sabor mais puro de chocolate e criar uma relação semelhante à dos amantes do vinho. "Queremos cativar um público específico com essa linha. É um chocolate
mais gourmet", diz Peart. A Hershey's tem em São Paulo a
sua fábrica brasileira e está no país desde 2002.
FUSÃO E AQUISIÇÃO
Nas últimas semanas, o
escritório Motta, Fernandes
Rocha Advogados assessorou três operações de fusões
e aquisições. A última foi a
aquisição de uma sociedade
na Argentina pela American
Bank Notes. Também fechou parceria do grupo Tabu com a Alcotra Bioenergy.
ECO
A edição de 2006 do Relatório Anual e Social da Bovespa já está sendo distribuída e chega ao mercado
em formato multimídia. As
5.000 unidades em CD-ROM substituem o papel. O
formato gerou economia de
papel -em 2005, o relatório
consumiu 750 mil páginas.
SAÚDE BILIONÁRIA
Marcos Corona, diretor-geral da GE Healthcare DI no Brasil; a empresa vai investir US$ 1 bilhão até o final do ano no desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia para diagnóstico por imagem
TODOS IGUAIS
Horacio Lafer Piva, presidente da Bracelpa, acaba de
chegar de Xangai, onde participou de reunião com 80
CEOs do setor de papel e celulose de todo o mundo. Segundo Piva, os problemas
são comuns em relação a
mudanças climáticas, energia, compromissos sociais,
certificações e água. "O Brasil se destaca no tema do manejo florestal e em seus produtos com 100% de florestas plantadas e certificadas."
CAPITALIZAÇÃO
O primeiro quadrimestre
de 2007 foi positivo para o
mercado de capitalização. A
Fenacap (federação das empresas do setor) comemora
os R$ 2,4 bilhões de faturamento acumulado no período, cifra 12,7% superior ao
montante obtido em 2006.
As reservas do setor também acompanharam esse
movimento ascendente,
com expansão de 6,8%, totalizando, em abril, R$ 11,4 bilhões. A receita mensal alcançada pelo segmento foi de R$ 636 milhões. São Paulo lidera o ranking nacional
do mercado -faturou no período R$ 913, 4 milhões, com
38% de participação no setor. O Rio é o segundo, com
R$ 261,6 milhões e 10,9%,
seguido por Minas, com R$
224,1 milhões e 9,3%.
IMOBILIÁRIO
A Coimex Capital, braço
imobiliário do grupo capixaba Coimex, passou a investir
fora do Espírito Santo e estima vendas de R$ 1,6 bilhão
para os projetos que está desenvolvendo no Estado, em
São Paulo e em Minas Gerais. Os projetos têm investimentos de R$ 200 milhões.
CRÉDITO-PRÊMIO
A decisão do STJ, de extinguir o crédito-prêmio
IPI, caiu como uma bomba
na CSN. A empresa, segundo
cálculos do mercado, tem R$
4 bilhões na modalidade. A
siderúrgica vinha lançando
mão do benefício para compensar débitos com a Receita Federal. Em maio, por decisão da Justiça, que acolheu
pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a
CSN teve bens penhorados
no valor de R$ 1,2 bilhão.
Antes da decisão, Mantega
tentou uma solução conciliatória. Benjamin Steinbruch foi até Lula. A decisão
do STJ só reforçou a posição
da Procuradoria.
PROTESTOS
Em maio, a apresentação
de títulos no Serviço Central
de Protesto voltou a subir.
Foram 240.269 títulos, contra 201.641 em abril, segundo pesquisa do Instituto de
Estudos de Protesto de Títulos de São Paulo. Desse total,
foram devolvidos como irregulares 24.885 títulos, que
por alguma razão não puderam ser intimados, restaram
215.384 em condições de ir
para protesto. Dos títulos
protestados, apenas 30,82%
eram cheques. Foram
27.841, contra 27.454 em
abril. As duplicatas aumentaram. O número chegou a
48.799, contra 40.696 em
abril.
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