São Paulo, segunda-feira, 18 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Músicos deixam banda para criar clube de investimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Três amigos músicos queriam montar uma banda, mas acabaram desistindo da idéia para criar um clube de investimentos. A proposta era ajudar os colegas a viverem melhor com a instabilidade da vida tocando em bares na noite carioca. Chamado de Stratocaster, em homenagem à guitarra usada por Jimi Hendrix, o clube deu tão certo que tem hoje 21 membros, entre eles um maestro, e já rendeu 51% -pouco abaixo dos 65% do Ibovespa.
"Para investir, não precisa ser bitolado e ficar todo o tempo de olho na Bolsa. Mesmo para um músico, que nunca tinha ouvido falar na Bolsa, aprendi a conhecer as empresas e a gostar do investimento. Tem de ter objetivo de longo prazo", disse Hélio Salema, designer gráfico e baterista, conselheiro do clube da corretora Spinelli.
Com a experiência e o dinheiro ganhos com o FGTS aplicado em ações da Vale do Rio Doce, funcionários da própria mineradora decidiram abrir seu próprio clube de investimento, o Aí Vale, em maio de 2005. "Queríamos diversificar os riscos e investir em outros papéis. É para mais de cinco anos", disse Celso de Souza, conselheiro do clube.
Desde a sua criação, o Aí Vale já rendeu 113,62%, acima dos 108,35% do Ibovespa nesse mesmo período. O sucesso levou à criação de um segundo clube, o Vitória Invest, para pessoas de fora da empresa.
Funcionários do Ministério Público em São Paulo abriram o Clube do Cascalho, na corretora SLW, para garantir uma poupança em ações para procuradores da República e técnicos. Hoje, têm membros em todo o país. Altamente conservador, o clube investe apenas em ações de empresas sólidas, como Vale, Petrobras, Bradesco.
"Uma das prioridades é a transparência no acesso à informação. A corretora tem um extrato on-line de desempenho, o que transmite confiabilidade ao investimento", disse Adriano Ribeiro.
Já o imigrante chinês Chen Shao Nan, 76, costumava investir em ações no Brasil e queria que a família aprendesse mais sobre a Bolsa. Em 2004, orientou o neto Rodrigo Chen, 26, então estudante de mecatrônica, a criar um clube de investimento com os colegas do último ano de faculdade na USP.
"Isso, bom negócio", disse o avô ao neto. Chamado Clube do Cofrinho, reúne hoje cerca de 40 membros e ajuda os antigos estudantes a manterem o contato. "É muito difícil marcar uma reunião. Mas os e-mails são motivo para conversar com os outros", disse Chen.


Texto Anterior: Folhainvest
Clube de investimento populariza Bolsa

Próximo Texto: Dicas FolhaInvest
Corretoras mantêm carteiras após semana positiva na Bolsa

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.