|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Músicos deixam banda para criar clube de investimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Três amigos músicos queriam montar uma banda, mas
acabaram desistindo da idéia
para criar um clube de investimentos. A proposta era ajudar
os colegas a viverem melhor
com a instabilidade da vida tocando em bares na noite carioca. Chamado de Stratocaster,
em homenagem à guitarra usada por Jimi Hendrix, o clube
deu tão certo que tem hoje 21
membros, entre eles um maestro, e já rendeu 51% -pouco
abaixo dos 65% do Ibovespa.
"Para investir, não precisa
ser bitolado e ficar todo o tempo de olho na Bolsa. Mesmo para um músico, que nunca tinha
ouvido falar na Bolsa, aprendi a
conhecer as empresas e a gostar do investimento. Tem de ter
objetivo de longo prazo", disse
Hélio Salema, designer gráfico
e baterista, conselheiro do clube da corretora Spinelli.
Com a experiência e o dinheiro ganhos com o FGTS
aplicado em ações da Vale do
Rio Doce, funcionários da própria mineradora decidiram
abrir seu próprio clube de investimento, o Aí Vale, em maio
de 2005. "Queríamos diversificar os riscos e investir em outros papéis. É para mais de cinco anos", disse Celso de Souza,
conselheiro do clube.
Desde a sua criação, o Aí Vale
já rendeu 113,62%, acima dos
108,35% do Ibovespa nesse
mesmo período. O sucesso levou à criação de um segundo
clube, o Vitória Invest, para
pessoas de fora da empresa.
Funcionários do Ministério
Público em São Paulo abriram
o Clube do Cascalho, na corretora SLW, para garantir uma
poupança em ações para procuradores da República e técnicos. Hoje, têm membros em todo o país. Altamente conservador, o clube investe apenas em
ações de empresas sólidas, como Vale, Petrobras, Bradesco.
"Uma das prioridades é a
transparência no acesso à informação. A corretora tem um
extrato on-line de desempenho, o que transmite confiabilidade ao investimento", disse
Adriano Ribeiro.
Já o imigrante chinês Chen
Shao Nan, 76, costumava investir em ações no Brasil e queria
que a família aprendesse mais
sobre a Bolsa. Em 2004, orientou o neto Rodrigo Chen, 26,
então estudante de mecatrônica, a criar um clube de investimento com os colegas do último ano de faculdade na USP.
"Isso, bom negócio", disse o
avô ao neto. Chamado Clube do
Cofrinho, reúne hoje cerca de
40 membros e ajuda os antigos
estudantes a manterem o contato. "É muito difícil marcar
uma reunião. Mas os e-mails
são motivo para conversar com
os outros", disse Chen.
Texto Anterior: Folhainvest Clube de investimento populariza Bolsa Próximo Texto: Dicas FolhaInvest Corretoras mantêm carteiras após semana positiva na Bolsa Índice
|