São Paulo, quinta-feira, 18 de junho de 2009

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Especialistas fazem ressalva às medidas

DA REDAÇÃO

O plano apresentado ontem pelo governo de Barack Obama para regular o sistema financeiro americano foi recebido com ressalvas por especialistas. Mesmo os que fizeram elogios não deixaram de criticar alguns pontos do projeto, que deverá sofrer alterações no Congresso.
Talvez a crítica mais forte tenha vindo de Simon Johnson, ex-economista-chefe do FMI. Para ele, o plano "constrói as fundações para a próxima crise financeira, que, todas indicações apontam, será mais forte e provocará muito mais danos que a de 2008/09. Mas, pelo que tudo indica, até lá os autores não estarão mais no governo".
O Prêmio Nobel Paul Krugman disse que é "muito fraca" a exigência de instituições manterem em suas contas 5% do valor de hipotecas. Mas aplaudiu a ampliação da regulação para todas as instituições financeiras.
David Hirschmann, da Câmara de Comércio dos EUA (o maior grupo de lobby empresarial americano), também fez ressalvas. "Estamos preocupados que, de modo geral, a proposta só aumenta camadas no sistema sem atingir os problemas básicos e fundamentais."
Já Dean Baker, do Centro de Pesquisa e Política Econômica, também disse que a proposta tem pontos positivos, porém afirmou que, "no final das contas, ela não vai tornar o sistema financeiro mais seguro pelo simples motivo de esconder responsabilidades em vez de tornar os reguladores responsáveis pelos fracassos".


Com agências internacionais


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