|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENERGIA
Anúncio derruba preço do barril de petróleo em Londres e em Nova York
Opep eleva produção até final do mês
DA REDAÇÃO
O presidente da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o venezuelano Alí Rodríguez, anunciou ontem que o
cartel aumentará a produção do
óleo em 500 mil barris diários até
o final do mês, colocando em prática um acordo já estabelecido entre os produtores.
Segundo o pacto, toda vez em
que os preços do petróleo ficarem
fora da faixa considerada normal
-de US$ 22 a US$ 28 o barril-, a
Opep usará o mecanismo automático de regulação e aumentará
(ou diminuirá, de acordo com a
necessidade) a produção em 500
mil barris diários. Isso deve pôr
fim a decisões unilaterais dos produtores e à necessidade de convocar reuniões emergenciais.
O comunicado pegou o mercado de surpresa e fez os preços recuarem nas duas principais praças de negociação de petróleo.
Em Nova York, o barril de petróleo para venda em agosto caiu
US$ 0,57 e fechou o dia cotado a
US$ 30,83.
Em Londres, o barril de petróleo tipo brent (referência internacional) para venda em setembro
perdeu US$ 0,66 em relação ao valor de sexta-feira, encerrando a
US$ 28,57.
O aumento de 500 mil barris
diários, que elevará a produção da
Opep para 25,9 bilhões de barris
por dia, será dividido entre dez
países da Opep: Argélia, Indonésia, Irã, Kuait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita, Emirados
Árabes Unidos e Venezuela.
O Iraque, que tem sanções internacionais impostas à sua exportação, não participará do aumento. Os produtores independentes, que costumam seguir as
decisões da Opep, ainda não se
manifestaram.
A Arábia Saudita, maior produtor do cartel, será responsável por
uma cota de 162 mil barris diários.
Há três semanas, os sauditas haviam anunciado a intenção de aumentar a sua produção em 500
mil barris diários, com o objetivo
de conter a escalada de preços.
O anúncio unilateral desencadeou uma crise política entre os
produtores, que esperavam uma
decisão coletiva sobre o aumento.
Rodríguez havia iniciado, na semana passada, uma série de visitas aos países-membros do cartel,
a fim de tomar uma decisão coletiva sobre a questão.
"Os preços hoje estão em queda,
mas isso ainda não é definitivo.
Estamos com valores acima dos
praticados no início de abril,
quando os preços atingiram um
patamar normal", disse Tim
Evans, analista da IFR-Pegasus.
Texto Anterior: Opinião Econômica - Benjamin Steinbruch: Para aqueles que torcem pelo Brasil Próximo Texto: Panorâmica: Microsoft desafia liderança da Coca-Cola Índice
|