São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2000


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MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana fechou em R$ 1,796, cotação mais baixa desde o início da crise política
Dólar volta ao nível "pré-Eduardo Jorge'

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de uma semana agitada por denúncias de envolvimento de membros do poder executivo em casos de corrupção, o mercado financeiro se mostrou calmo ontem.
O dólar comercial caiu 0,39% e foi cotado a R$ 1,796 para venda, valor mais baixo desde o último dia 10, véspera do início da crise. No dia 11, acontecimentos envolvendo o ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira provocaram queda na Bolsa e desvalorização do real.
O temor era que se provasse o envolvimento de membros do governo -em especial o presidente Fernando Henrique Cardoso- com o superfaturamento da obra do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Na avaliação de alguns analistas, o mercado "exagerou" na semana passada -a Bovespa, por exemplo, acumulou queda de 4,08% no período- e começou a recuperar parte das perdas ontem. A principal preocupação, de que o episódio atingisse FHC, já diminuiu bastante desde então.
A Bolsa paulista também se recuperou e subiu 3% ontem. Segundo Fernando Ravazi, da SLW Corretora de Valores, a Bolsa paulista "está voltando aos preços anteriores à crise".
Entre as maiores altas, destaque para as ações preferenciais da Brasil Telecom Participações. Os papéis subiram 7,25%, puxados pelo acordo, fechado na última sexta- feira, entre a empresa e a Telefónica.
A Brasil Telecom aceitou pagar US$ 800 milhões à Telefónica pelo controle da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), colocando um ponto final na novela que se arrastava desde o início do ano.
No mercado de juros futuros o dia também foi de tranquilidade. O DI de dezembro (taxa de novembro), de maior liquidez, passou de 18,55% para 18,01% ao ano.
Nesta semana, os investidores devem ficar atentos à decisão do Copom, que se reúne hoje e amanhã para discutir se modifica a taxa Selic, atualmente em 17% ao ano. Nos Estados Unidos, a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) deverá guiar o humor do mercado hoje.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


Com o FolhaNews

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