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MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana fechou em R$ 1,796, cotação mais baixa desde o início da crise política
Dólar volta ao nível "pré-Eduardo Jorge'
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de uma semana agitada
por denúncias de envolvimento
de membros do poder executivo
em casos de corrupção, o mercado financeiro se mostrou calmo
ontem.
O dólar comercial caiu 0,39% e
foi cotado a R$ 1,796 para venda,
valor mais baixo desde o último
dia 10, véspera do início da crise.
No dia 11, acontecimentos envolvendo o ex-secretário-geral da
Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira provocaram queda na Bolsa e desvalorização do real.
O temor era que se provasse o
envolvimento de membros do
governo -em especial o presidente Fernando Henrique Cardoso- com o superfaturamento
da obra do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Na avaliação de alguns analistas, o mercado "exagerou" na
semana passada -a Bovespa,
por exemplo, acumulou queda
de 4,08% no período- e começou a recuperar parte das perdas
ontem. A principal preocupação,
de que o episódio atingisse FHC,
já diminuiu bastante desde então.
A Bolsa paulista também se recuperou e subiu 3% ontem. Segundo Fernando Ravazi, da SLW
Corretora de Valores, a Bolsa
paulista "está voltando aos preços anteriores à crise".
Entre as maiores altas, destaque
para as ações preferenciais da
Brasil Telecom Participações. Os
papéis subiram 7,25%, puxados
pelo acordo, fechado na última
sexta- feira, entre a empresa e a
Telefónica.
A Brasil Telecom aceitou pagar
US$ 800 milhões à Telefónica pelo controle da CRT (Companhia
Riograndense de Telecomunicações), colocando um ponto final
na novela que se arrastava desde
o início do ano.
No mercado de juros futuros o
dia também foi de tranquilidade.
O DI de dezembro (taxa de novembro), de maior liquidez, passou de 18,55% para 18,01% ao
ano.
Nesta semana, os investidores
devem ficar atentos à decisão do
Copom, que se reúne hoje e amanhã para discutir se modifica a taxa Selic, atualmente em 17% ao
ano. Nos Estados Unidos, a divulgação do CPI (índice de preços ao consumidor) deverá guiar
o humor do mercado hoje.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
Com o FolhaNews
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