UOL


São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRABALHO 1

Em junho, média subiu de cinco para dez dias

Pagamento atrasa por mais tempo, e mais trabalhadores reclamam

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O atraso no pagamento de salários de junho se espalhou para mais categorias profissionais. É o que mostra levantamento feito pela Folha em dez sindicatos de trabalhadores do setor privado em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em maio, empresas e lojas que não conseguiram efetuar o pagamento atrasaram em média cinco dias. No mês passado, o atraso variou de 10 a 14 dias.
Além dos metalúrgicos de São Paulo, que registraram atraso no pagamento de 300 fábricas, comerciários, operários da construção, têxteis e empregados do setor de saúde reclamam da falta de pagamento. Pela lei, as empresas devem pagar o salário até o quinto dia útil do mês. Mas a desaceleração na produção e a queda na renda, informam patrões e empregados, têm levado ao atraso.
No Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o número de reclamações sobre atraso de salário subiu de 50 em maio para 80 em junho e ocorre em lojas com até 20 pessoas. No setor de saúde, são 20 mil funcionários de 30 hospitais e clínicas que estão sem pagamento. "Não é culpa do patrão. A economia está empurrando as empresas contra a parede. Falta fôlego porque os custos do setor são altos e os repasses de verba demoram ", diz Erivan de Oliveira, representante dos empregados.


Texto Anterior: Saiba mais: Escolha do IGP-DI visou atrair investidor externo
Próximo Texto: Trabalho 2: Sobe número de categorias que não conseguem repor inflação no salário
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.