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TRABALHO 1
Em junho, média subiu de cinco para dez dias
Pagamento atrasa por mais tempo, e mais trabalhadores reclamam
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O atraso no pagamento de salários de junho se espalhou para
mais categorias profissionais. É o
que mostra levantamento feito
pela Folha em dez sindicatos de
trabalhadores do setor privado
em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em maio, empresas e lojas que
não conseguiram efetuar o pagamento atrasaram em média cinco
dias. No mês passado, o atraso variou de 10 a 14 dias.
Além dos metalúrgicos de São
Paulo, que registraram atraso no
pagamento de 300 fábricas, comerciários, operários da construção, têxteis e empregados do setor
de saúde reclamam da falta de pagamento. Pela lei, as empresas devem pagar o salário até o quinto
dia útil do mês. Mas a desaceleração na produção e a queda na renda, informam patrões e empregados, têm levado ao atraso.
No Sindicato dos Comerciários
de São Paulo, o número de reclamações sobre atraso de salário subiu de 50 em maio para 80 em junho e ocorre em lojas com até 20
pessoas. No setor de saúde, são 20
mil funcionários de 30 hospitais e
clínicas que estão sem pagamento. "Não é culpa do patrão. A economia está empurrando as empresas contra a parede. Falta fôlego porque os custos do setor são
altos e os repasses de verba demoram ", diz Erivan de Oliveira, representante dos empregados.
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