O real continua tão valorizado quanto antes do agravamento da crise global, com dólar cotado a menos de R$ 1,60. Apesar de a taxa de câmbio nominal brasileira registrar hoje que cada dólar vale bem mais que o piso de R$ 1,56, atingido em agosto do ano passado, o câmbio real mostra que a moeda brasileira está no mesmo nível baixo de competitividade registrado antes da piora da crise global.
Cálculo do economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor do departamento de economia da PUC-SP, mostra que o câmbio real -medida da competitividade da taxa de câmbio nominal (R$/US$) versus o índice de preços por atacado para uma cesta de 16 moedas dos principais parceiros comerciais do Brasil- desmonta a falsa ideia de que o real está mais competitivo hoje porque esteve pior antes. "Como as outras moedas se movimentaram, perdemos competitividade nos últimos meses", afirma.
Se a estabilidade dos preços foi relativamente conquistada, 15 anos atrás, com a criação do Plano Real, a volatilidade da moeda brasileira continua como um dos principais desafios para o desenvolvimento do país, afirma o economista. A volatilidade cambial "implica um viés pró-importação, em detrimento da produção interna, além de um desestímulo à exportação, especialmente de manufaturados", argumenta.
Para Lacerda, o fato de o país receber fluxos de capitais externos -e, logo, tender à valorização do câmbio- não justifica a volatilidade. A China (onde o governo exerce forte intervenção sobre a moeda) recebe mais capitais ainda e nem por isso registra a mesma instabilidade.
No Brasil, segundo o professor, a volatilidade é maior devido "ao diferencial da taxa de juros e à intervenção limitada do Banco Central na aquisição de reservas". "É preciso reduzir mais rapidamente o diferencial entre a taxa de juros real interna e externa e introduzir mecanismos de desestímulo ao ingresso de capitais de curto prazo apenas interessados no "carry trade'", defende.

NA ESCOLA
Ricardo Grau, que acaba de assumir o cargo de presidente e vice-reitor da Universidade Anhembi Morumbi, faz sua estreia na atividade acadêmica. Grau, que já liderou empresas como Telemig, Coca-Cola e Unilever, vai mapear todas as instituições com quem a universidade tem parceria para expandir o processo. O trabalho vai auxiliar na prática do novo posicionamento da instituição, que, segundo Grau, será "mentes abertas e sem fronteiras", que pretende oferecer aos alunos experiências práticas e internacionais. A instituição já tem mais de cem acordos com empresas como Nestlé -em pesquisas sobre ingredientes para a gastronomia-, Hospital São Luiz, na saúde, IBM, em tecnologia, e outras.

ESPAÇO
A Gas Energy Assessoria Empresarial inaugurou um escritório de negócios em São Paulo.

CALCULADORA
O resultado do balanço social consolidado do sistema Unimed de 2008 apontou R$ 965,5 milhões em investimentos socioambientais.

INTERCÂMBIO
O Insper acaba de fechar parceria com a Freeman Business School of Business, da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, que prevê o certificado de dupla titulação americana para alunos que cursam MBA. As aulas começarão no dia 27, em Nova Orleans (EUA), e o término está previsto para 8 de janeiro de 2011.

COZINHA
Com investimentos de mais de R$ 20 milhões para 2009, a rede de lanchonetes The Fifties acaba de inaugurar duas unidades em São Paulo, uma no shopping Pátio Paulista e outra na alameda Santos, que passa a ser a maior da rede. Essa é a primeira vez que a rede abre duas lojas no mesmo ano. A empresa também vai investir na construção de uma cozinha central e um call center para seu delivery, segundo Gustavo Costa, diretor-geral.

EMBREAGEM
A Mercedes-Benz do Brasil superou 1 milhão de caminhões vendidos no país. O resultado é acumulado desde 1956, quando produziu o primeiro veículo nacional em São Bernardo do Campo.

ACELERADOR
No Estado de São Paulo, a Mercedes comercializou 245 mil unidades. Na sequência, aparecem Minas Gerais (138 mil), Paraná (100 mil), e Rio Grande do Sul (98 mil). Para registrar a marca, a empresa lançou uma série especial do caminhão pesado Axor.

SIMULADO
A AmBev usará redes sociais para atrair novos trainees. O hot site do programa da empresa terá um jogo, o AmBevômetro, para os futuros trainees sobre os produtos da companhia. No Orkut, usuários poderão participar de simulações de atividades da empresa. O projeto foi realizado pela agência MPM.

CADEIRA
Carlos Jovel é o novo vice-presidente para a América Latina da Conair Corporation, norte-americana do segmento de beleza. Jovel ficará baseado no Brasil.