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Instabilidade pode afastar investidor
DA REPORTAGEM LOCAL
O cronograma de decisões do
STF (Supremo Tribunal Federal)
previsto para esta semana e o recente imbróglio sobre o leilão das
áreas de exploração de petróleo
da ANP (Agência Nacional do Petróleo) ajudam a manter a aura de
desconfiança nos investidores estrangeiros em relação ao Brasil.
"A grande questão das leis no
Brasil é que elas não têm consistência temporal. Isso é um grande
problema. Para que a economia
funcione, é preciso regras claras",
afirma Luciana Yeung, professora
do Ibmec-SP.
Segundo a professora, os eventos desta semana geram incertezas que impedem uma queda
mais acentuada do risco Brasil e
também a melhoria dos "ratings"
(nota de crédito) concedidos ao
Brasil por agências de risco.
"[As agências] olham para cenários de curto e médio prazos.
Quando há mudanças nas regras
do jogo, se cria mais instabilidade", disse Yeung ao explicar por
que o Brasil ainda não foi elevado
à categoria de "investment grade"
-grau de confiança máxima dos
mercados.
Em parecer para investidores
divulgado nesta semana, o Bradesco argumenta que um dos fatores que atrapalham uma melhoria mais acelerada do risco Brasil é
a tensão provocada pelas decisões
do STF sobre a contribuição previdenciária e sobre o IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados).
De acordo com o Bradesco, o
risco Brasil, calculado pelo banco
JP Morgan, já poderia estar em
501 pontos básicos. Ontem, o indicador fechou em 554 pontos.
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