São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

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Governo comemora decisão do Supremo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E DA AGÊNCIA FOLHA

O governo federal comemorou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de cassar a liminar que praticamente inviabilizaria o leilão das áreas de exploração de petróleo da ANP. "A normalidade está reposta", disse a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia).
Ela afirmou que, na noite de anteontem, a equipe de "coordenação de governo", como a Casa Civil e o Ministério da Justiça, esteve envolvida no assunto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está fora do país em viagem oficial, foi informado por telefone sobre o episódio. Dilma disse que conversou diretamente com o advogado-geral da União, Álvaro Ribeiro da Costa, responsável pelo recurso ao STF.
Ela fez as declarações após participar de evento da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), que premiou as empresas de energia elétrica que tiveram o melhor desempenho do setor no ano. A Elektro, na categoria de mais de 400 mil consumidores, levou o prêmio de melhor distribuidora, e a Eletropaulo ficou com o de maior evolução de desempenho.
"O risco menor é nosso [do governo]. Há sete anos que o tema vem sendo tratado assim. Eu, pelo menos, acredito que é preciso provar que há sete anos se comete uma ilegalidade, que todas as operações realizadas até agora são ilegais", afirmou Dilma.
A Constituição Federal estabelece que a exploração de petróleo é da União. Mas, disse a ministra, o governo federal interpreta que, segundo as leis que regulamentam o setor, "o monopólio da jazida continuará sendo da União. O produto da exploração, que é o óleo e o gás, quando achado, vai ser de quem achar".

Petrobras
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, tentou evitar tomar partido na polêmica sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal. Em Araucária, no Paraná, Dutra disse que a Petrobras jogaria "de acordo com as regras do jogo" e que a estatal tentaria arrematar no leilão as jazidas de petróleo em que tem interesse.


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