São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

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VÔO DA ÁGUIA

Queda de 0,1% dos preços ao consumidor em julho reforça expectativa de que o Fed seguirá moderado na alta dos juros

EUA registram deflação após oito meses

DA REDAÇÃO

Os preços ao consumidor recuaram 0,1% nos Estados Unidos em julho, a primeira queda em oito meses, o que reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (o banco central americano) continuará a ser moderado no seu plano de elevar os juros.
A inflação menor que a esperada foi bem recebida pelo mercado e nem mesmo notícias negativas em relação ao petróleo afetaram as Bolsas. Apesar da cotação recorde do barril em Nova York, as ações terminaram em alta pelo terceiro pregão consecutivo.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, ganhou 18,28 pontos, ou 0,18%, para o patamar de 9.972,83 pontos, e a Nasdaq, das ações de alta tecnologia, registrou valorização de 0,7%, para 1.795,25 pontos.
Economistas de Wall Street previam aumento médio dos preços de 0,1%. O núcleo do CPI (índice de preços ao consumidor), que exclui as voláteis categorias de alimentos e energia, subiu 0,1%, conforme o esperado.
Nos meses anteriores, impulsionados pelos preços de energia -que perderam o ritmo em julho-, os preços nos EUA haviam aumentado 0,6% e 0,3% em maio e em junho, respectivamente. A última queda ocorrera em novembro de 2003 -de 0,2%.
O relatório do Departamento de Trabalho mostrou que os preços da energia recuaram 1,9%. Os custos da gasolina também caíram -4,2%, a maior queda desde novembro passado.
Os indicadores relativos à inflação e ao mercado de trabalho são dois dos mais observados pelo Comitê de Política Monetária do Fed ao decidir sobre os juros -a próxima reunião será em 21 de setembro. Em julho, foram criadas 32 mil vagas, o menor saldo desde dezembro de 2003 e abaixo das estimativas do mercado -entre 215 mil e 235 mil postos.
"O medo de inflação que havia no começo do ano parece ter sido corrigido, uma vez que a economia se desacelera", disse David Sloan, economista da consultoria 4Cast. "[A inflação] é um dado encorajador para o Fed."

Transição
Também ontem, no entanto, o governo divulgou outros dois indicadores que apontam para o aumento da atividade econômica em julho, na esteira de uma perda de fôlego no mês anterior.
A produção industrial cresceu 0,4% em julho, após queda de 0,5% registrada em junho. Já a construção de novas casas e apartamentos subiu 8,3%, ante recuo de 7,7% no mês anterior.


Com agências internacionais

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