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VÔO DA ÁGUIA
Queda de 0,1% dos preços ao consumidor em julho reforça expectativa de que o Fed seguirá moderado na alta dos juros
EUA registram deflação após oito meses
DA REDAÇÃO
Os preços ao consumidor recuaram 0,1% nos Estados Unidos
em julho, a primeira queda em oito meses, o que reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (o
banco central americano) continuará a ser moderado no seu plano de elevar os juros.
A inflação menor que a esperada foi bem recebida pelo mercado
e nem mesmo notícias negativas
em relação ao petróleo afetaram
as Bolsas. Apesar da cotação recorde do barril em Nova York, as
ações terminaram em alta pelo
terceiro pregão consecutivo.
O índice Dow Jones, o principal
da Bolsa de Nova York, ganhou
18,28 pontos, ou 0,18%, para o patamar de 9.972,83 pontos, e a Nasdaq, das ações de alta tecnologia,
registrou valorização de 0,7%, para 1.795,25 pontos.
Economistas de Wall Street previam aumento médio dos preços
de 0,1%. O núcleo do CPI (índice
de preços ao consumidor), que
exclui as voláteis categorias de alimentos e energia, subiu 0,1%,
conforme o esperado.
Nos meses anteriores, impulsionados pelos preços de energia
-que perderam o ritmo em julho-, os preços nos EUA haviam
aumentado 0,6% e 0,3% em maio
e em junho, respectivamente. A
última queda ocorrera em novembro de 2003 -de 0,2%.
O relatório do Departamento de
Trabalho mostrou que os preços
da energia recuaram 1,9%. Os
custos da gasolina também caíram -4,2%, a maior queda desde
novembro passado.
Os indicadores relativos à inflação e ao mercado de trabalho são
dois dos mais observados pelo
Comitê de Política Monetária do
Fed ao decidir sobre os juros -a
próxima reunião será em 21 de setembro. Em julho, foram criadas
32 mil vagas, o menor saldo desde
dezembro de 2003 e abaixo das estimativas do mercado -entre 215
mil e 235 mil postos.
"O medo de inflação que havia
no começo do ano parece ter sido
corrigido, uma vez que a economia se desacelera", disse David
Sloan, economista da consultoria
4Cast. "[A inflação] é um dado
encorajador para o Fed."
Transição
Também ontem, no entanto, o
governo divulgou outros dois indicadores que apontam para o aumento da atividade econômica
em julho, na esteira de uma perda
de fôlego no mês anterior.
A produção industrial cresceu
0,4% em julho, após queda de
0,5% registrada em junho. Já a
construção de novas casas e apartamentos subiu 8,3%, ante recuo
de 7,7% no mês anterior.
Com agências internacionais
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