São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Dados da economia americana animam investidor, e moeda fecha a R$ 2,995; Bolsa sobe 1,36%

Dólar cai abaixo de R$ 3 com deflação nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar caiu a seu menor valor em quase um mês. Ontem, para comprar um dólar no fim do dia, eram necessários R$ 2,995.
A moeda voltou a ser fonte de preocupação em maio, quando atingiu R$ 3,21. Mas a pressão perdeu força, e a soma de um cenário externo menos negativo com os recordes da balança comercial fez o dólar perder o ímpeto diante do real.
Neste mês, o dólar acumula baixa de 1,42%. A queda de ontem ficou em 0,43%.
O cenário externo roubou a cena no mercado financeiro. Os dados que mostraram que a economia americana está menos aquecida que o esperado (houve deflação em julho) tiveram boa resposta do mercado.
Os títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos perderam força, beneficiando os papéis de emergentes, como o Brasil. A leitura do mercado é que o Fed (banco central dos EUA) pode abrandar sua política de aumento gradual dos juros do país.
Dos principais títulos da dívida brasileira, o Global 40 subiu 0,53%, e os C-Bonds tiveram ganho de 0,19%.
Ontem teve início a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá a taxa básica de juros da economia, que está no momento em 16% ao ano.
Para Vladimir Caramaschi, economista-chefe da Fator Corretora, os resultados dos indicadores da economia americana "sinalizam que não há necessidade de aumentos abruptos na taxa de juros básica dos EUA", o que é positivo para os emergentes em geral e para o Brasil em particular.
A votação da taxação dos inativos no STF (Supremo Tribunal Federal), prevista para começar hoje, ficou em segundo plano e não chegou a pesar nas decisões dos investidores.

Dia positivo
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão de ontem com ganho de 1,36%. A alta das ações preferencias da Telemar (1,68%), as mais negociadas, ajudou no resultado final da Bolsa. A ação preferencial "A" da CRT Celular liderou as altas do dia, ao fechar com valorização de 5,1%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas se mantiveram praticamente estáveis, mostrando a expectativa dos investidores de manutenção dos juros básicos.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Comunicações: Ministro diz acreditar em modelo nacional para a televisão digital
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.