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MERCADO FINANCEIRO
Dados da economia americana animam investidor, e moeda fecha a R$ 2,995; Bolsa sobe 1,36%
Dólar cai abaixo de R$ 3 com deflação nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar caiu a seu menor valor
em quase um mês. Ontem, para
comprar um dólar no fim do dia,
eram necessários R$ 2,995.
A moeda voltou a ser fonte de
preocupação em maio, quando
atingiu R$ 3,21. Mas a pressão
perdeu força, e a soma de um cenário externo menos negativo
com os recordes da balança comercial fez o dólar perder o ímpeto diante do real.
Neste mês, o dólar acumula baixa de 1,42%. A queda de ontem ficou em 0,43%.
O cenário externo roubou a cena no mercado financeiro. Os dados que mostraram que a economia americana está menos aquecida que o esperado (houve deflação em julho) tiveram boa resposta do mercado.
Os títulos da dívida do Tesouro
dos Estados Unidos perderam
força, beneficiando os papéis de
emergentes, como o Brasil. A leitura do mercado é que o Fed
(banco central dos EUA) pode
abrandar sua política de aumento
gradual dos juros do país.
Dos principais títulos da dívida
brasileira, o Global 40 subiu
0,53%, e os C-Bonds tiveram ganho de 0,19%.
Ontem teve início a reunião do
Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá a taxa básica
de juros da economia, que está no
momento em 16% ao ano.
Para Vladimir Caramaschi, economista-chefe da Fator Corretora, os resultados dos indicadores
da economia americana "sinalizam que não há necessidade de
aumentos abruptos na taxa de juros básica dos EUA", o que é positivo para os emergentes em geral
e para o Brasil em particular.
A votação da taxação dos inativos no STF (Supremo Tribunal
Federal), prevista para começar
hoje, ficou em segundo plano e
não chegou a pesar nas decisões
dos investidores.
Dia positivo
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o pregão de ontem com
ganho de 1,36%. A alta das ações
preferencias da Telemar (1,68%),
as mais negociadas, ajudou no resultado final da Bolsa. A ação preferencial "A" da CRT Celular liderou as altas do dia, ao fechar com
valorização de 5,1%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas se mantiveram praticamente estáveis,
mostrando a expectativa dos investidores de manutenção dos juros básicos.
(FABRICIO VIEIRA)
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