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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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Financeiras temem volta da inflação

DA FOLHA ONLINE

As quedas nas taxas de juros promovidas pelo Banco Central nos últimos dois meses podem despertar o dragão da inflação. Essa é a avaliação das financeiras, que viram com "cautela" a decisão de ontem do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que reduziu a taxa básica de juros de 22% para 20% ao ano.
O vice-presidente da Fenacrefi (entidade que reúne as financeiras e empresas de crédito), José Arthur Assunção, disse que quedas "fortes" na Selic, como a de ontem e a de agosto, podem desestruturar a economia. No mês passado, o BC reduziu a taxa de 24,5% para 22%.
"A explicação é simples: a indústria não se preparou para atender a um aumento forte da demanda. As empresas, de modo geral, não estão estocadas o suficiente. Ou seja, se houver uma significativa reativação do consumo até o fim do ano, o resultado pode ser um aumento de preços, a chamada inflação de demanda", afirmou Assunção.
Ele disse, no entanto, que confia na decisão do BC, que "vem conduzindo com maestria a política econômica".
"Vamos aguardar a divulgação da ata do Copom [na próxima semana] para avaliarmos com mais profundidade a queda da Selic."


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