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Financeiras temem volta da inflação
DA FOLHA ONLINE
As quedas nas taxas de juros
promovidas pelo Banco Central
nos últimos dois meses podem
despertar o dragão da inflação.
Essa é a avaliação das financeiras,
que viram com "cautela" a decisão de ontem do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC), que
reduziu a taxa básica de juros de
22% para 20% ao ano.
O vice-presidente da Fenacrefi
(entidade que reúne as financeiras e empresas de crédito), José
Arthur Assunção, disse que quedas "fortes" na Selic, como a de
ontem e a de agosto, podem desestruturar a economia. No mês
passado, o BC reduziu a taxa de
24,5% para 22%.
"A explicação é simples: a indústria não se preparou para
atender a um aumento forte da
demanda. As empresas, de modo
geral, não estão estocadas o suficiente. Ou seja, se houver uma
significativa reativação do consumo até o fim do ano, o resultado
pode ser um aumento de preços, a
chamada inflação de demanda",
afirmou Assunção.
Ele disse, no entanto, que confia
na decisão do BC, que "vem conduzindo com maestria a política
econômica".
"Vamos aguardar a divulgação
da ata do Copom [na próxima semana] para avaliarmos com mais
profundidade a queda da Selic."
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