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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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Consumidor economizará centavos

DA REPORTAGEM LOCAL

Alguns centavos a menos devem ser cobrados pelas lojas e pelos bancos com a queda anunciada ontem nas taxas de juros. Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), os juros cobrados ao mês ao consumidor caem, em média, de 8,23% para 8%.
No caso das empresas que captam recursos nos bancos, a taxa média cobrada cai de 4,86% para 4,72% ao mês.
As contas da Anefac são feitas com base na possibilidade de que instituições financeiras e o comércio repassem a redução ao mercado.
Se, por exemplo, o consumidor comprar hoje uma geladeira de R$ 800, em 12 parcelas, cada prestação será fixada em R$ 97,37. Antes da redução anunciada ontem, ele pagava R$ 98,11, em média. Ou seja, uma queda de R$ 0,74 no mês -dinheiro que nem sequer paga um cafezinho.
Outro cálculo pode ser feito para mostrar a dimensão da queda anunciada. Exemplo: utilizar a linha de cheque especial deve trazer, agora, uma economia de R$ 0,93 ao mês.
Os bancos começaram a anunciar, desde ontem, queda em suas taxas. Mas, nas contas da associação, a utilização de R$ 1.000 por 20 dias leva o cliente a desembolsar R$ 61,47 para a instituição financeira. Antes do anúncio de ontem, ele pagava em juros R$ 62,40.
Na prática, a pergunta entre os consumidores está em entender por que, então, a redução nas taxas é considerada relevante pelo mercado e economistas.
Na avaliação de lojistas, no bolso realmente pouco muda. O que existe é o chamado "efeito psicológico" -com maior ânimo, as empresas, que acreditam numa melhora do cenário econômico, podem planejar a volta de investimentos e a geração de empregos.
"São apenas uns centavos a menos, que fazem uma diferença minúscula. A questão está em olhar para a frente e acreditar na possibilidade de novas reduções e que o pior já passou. O efeito, na prática, é esse", diz Miguel de Oliveira, presidente da Anefac.
No caso das empresas, a situação não é diferente: a taxa para captar recursos sofre pequena queda. Para obter capital de giro, por exemplo, o juro cai, em média -pela projeção da Anefac-, de 4,39% para 4,25% ao mês.
(ADRIANA MATTOS)


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