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Consumidor economizará centavos
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguns centavos a menos devem ser cobrados pelas lojas e pelos bancos com a queda anunciada ontem nas taxas de juros. Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivos
de Finanças, Administração e
Contabilidade), os juros cobrados
ao mês ao consumidor caem, em
média, de 8,23% para 8%.
No caso das empresas que captam recursos nos bancos, a taxa
média cobrada cai de 4,86% para
4,72% ao mês.
As contas da Anefac são feitas
com base na possibilidade de que
instituições financeiras e o comércio repassem a redução ao
mercado.
Se, por exemplo, o consumidor
comprar hoje uma geladeira de
R$ 800, em 12 parcelas, cada prestação será fixada em R$ 97,37. Antes da redução anunciada ontem,
ele pagava R$ 98,11, em média. Ou
seja, uma queda de R$ 0,74 no
mês -dinheiro que nem sequer
paga um cafezinho.
Outro cálculo pode ser feito para mostrar a dimensão da queda
anunciada. Exemplo: utilizar a linha de cheque especial deve trazer, agora, uma economia de R$
0,93 ao mês.
Os bancos começaram a anunciar, desde ontem, queda em suas
taxas. Mas, nas contas da associação, a utilização de R$ 1.000 por
20 dias leva o cliente a desembolsar R$ 61,47 para a instituição financeira. Antes do anúncio de
ontem, ele pagava em juros R$
62,40.
Na prática, a pergunta entre os
consumidores está em entender
por que, então, a redução nas taxas é considerada relevante pelo
mercado e economistas.
Na avaliação de lojistas, no bolso realmente pouco muda. O que
existe é o chamado "efeito psicológico" -com maior ânimo, as
empresas, que acreditam numa
melhora do cenário econômico,
podem planejar a volta de investimentos e a geração de empregos.
"São apenas uns centavos a menos, que fazem uma diferença minúscula. A questão está em olhar
para a frente e acreditar na possibilidade de novas reduções e que
o pior já passou. O efeito, na prática, é esse", diz Miguel de Oliveira,
presidente da Anefac.
No caso das empresas, a situação não é diferente: a taxa para
captar recursos sofre pequena
queda. Para obter capital de giro,
por exemplo, o juro cai, em média
-pela projeção da Anefac-, de
4,39% para 4,25% ao mês.
(ADRIANA MATTOS)
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