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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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CONJUNTURA

Julho é o 4º mês de queda

Emprego na indústria sofre queda de 1,2%

JULIANA RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

A taxa de emprego na indústria manteve em julho a trajetória de queda: passou de uma redução de 0,9% em junho para recuo de 1,2%, sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi a quarta piora consecutiva do indicador nesse tipo de comparação, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com junho deste ano, o desemprego aumentou 0,2% em julho, já descontadas as influências sazonais.
O técnico da Coordenação de Indústria do IBGE André Macedo diz que a oferta de empregos acompanha o ritmo da produção industrial, que caiu 2,5% em julho ante o mesmo mês de 2002. O consolo é que a redução gradual da inflação já está se traduzindo em "alguma recuperação do poder de compra do trabalhador".
Embora em julho a renda média do empregado na indústria tenha caído 2,3% (na comparação com o mesmo mês do ano anterior), a redução foi menor que a registrada em junho (-4%). Foi também a menor queda desde novembro.
Desde o início da série de emprego e renda na indústria, dentro da qual a comparação com o ano anterior só é possível a partir de janeiro de 2002, o poder de compra só cresceu em maio daquele mesmo ano: um ínfimo 0,1%.
O fim da escalada inflacionária também se refletiu num pequeno aumento da folha de pagamento real da indústria, que cresceu 0,4% entre junho e julho. "Com a desaceleração, a inflação está corroendo menos a folha de pagamento", analisa Macedo.
Em relação a julho do ano passado, o emprego na indústria caiu em 10 das 14 regiões pesquisadas. A novidade foi a passagem do Rio de Janeiro da segunda para a sexta posição entre as áreas que mais contribuíram para o desemprego industrial.
Os Estados do Rio Grande do Sul (-4,8%) e de São Paulo (-1,3%) tiveram o maior peso sobre a taxa global.


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