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Santander tem alta de 6,21% nas ações
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações preferenciais
(sem direito a voto) do Santander tiveram alta de 6,21%
na Bovespa (Bolsa de Valores
de São Paulo) ontem, primeiro dia de negociação após a
Folha ter noticiado no domingo que o presidente Lula
tinha sido informado de que
a compra do ABN Real estava
fechada. Os papéis, no entanto, têm pouca liquidez.
Pouco menos de 3% do capital do Santander brasileiro
segue em poder do mercado
após a incorporação do Banespa. O restante pertence
aos controladores do banco.
As ações do Santander tiveram apenas 33 negócios
ontem na Bovespa, mas foram os únicos papéis de bancos brasileiros em alta. As
ações PN do Itaú recuaram
1,96%, enquanto as PN do
Bradesco tiveram queda de
0,64%, e as ações Unit do
Unibanco caíram 1%.
Para Ceres Lisboa, analista
de bancos da agência de classificação de risco Moody's, a
fusão aumentará a concorrência no país e levará indústria bancária brasileira a uma
onda de consolidação.
"Itaú e Bradesco não vão
ficar parados. Eles devem se
voltar para novas aquisições.
O Unibanco será visto como
um ativo ainda mais valioso
do que era, apesar de ser considerado caro. Também não
está descartada a venda ou
associação de bancos estrangeiros com bancos brasileiros", disse Lisboa.
Por outro lado, analistas
alertam de que a concentração bancária redundou nos
últimos anos em altas tarifas
e taxas ao consumidor. Para
Denis Blum, analista de bancos da Tendências, o negócio
bancário do ABN mostra que
a expansão do crédito "veio
para ficar" no país.
"Ganho de escala é muito
importante no varejo para
diminuir os custos administrativos e permitir tarifas e
taxas menores. Se eu tivesse
de fazer uma aposta, diria
que [a fusão] vai beneficiar o
consumidor. É mais um
[banco] querendo entrar. Vai
ser agressivo e querer retorno para o investimento."
(TONI SCIARRETTA)
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