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Para CUT, fusão põe em risco 54 mil empregos no país
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro),
a fusão entre o Santander e o
ABN Amro Real, se efetivada,
põe em risco o emprego de 54
mil funcionários dos dois bancos e prejudica o consumidor.
"Essa megafusão provocará
uma movimentação no sistema
financeiro. Para competir, os
demais bancos vão tentar adquirir outras instituições e vai
aumentar ainda mais a concentração no setor", diz Vagner
Freitas, presidente da Contraf,
que representa 400 mil bancários no país. "Ter dois ou três
bancos ditando as regras, impondo preços de tarifas e condições para conceder crédito
não é bom para o consumidor."
Segundo a Contraf, o presidente Lula recebeu no último
dia 1º um "dossiê" sobre a
ameaça de corte. Para Luiz
Marcolino, presidente do sindicato, os mais afetados serão os
funcionários paulistas. "Aqui
estão as sedes administrativas
dos dois bancos. O que ocorrerá
é a sobreposição de funções."
Junto do consórcio de bancos, o Santander afirma que, na
medida do possível, fará eventuais demissões por meio do
adiantamento de aposentadorias e de programas de demissão voluntária.
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