São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

FOCO DIVERSO 1
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, diz que a alta dos preços agrícolas veio para ficar: utilização de produtos em biocombustíveis e demanda maior de alimentos no mundo sustentam os preços.

FOCO DIVERSO 2
Já a comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, vê a situação de forma um pouco diferente. Preços altos atraem a produção, que repõe os estoques, que melhora a oferta e, conseqüentemente, diminui a pressão nos preços.

CLIMA ESQUENTA CAFÉ
O clima seco no Brasil, que afeta a florada e reduz o volume a ser produzido em 2008, elevou os preços do café. Em Nova York, a alta foi de 5,9%, ontem; em Minas Gerais, de 4,2%.

BOAS PRÁTICAS
Para aumentar o número de fazendas que fornecem gado com base nas regras dos importadores, o Ministério da Agricultura e a Associação Brasileira do Novilho Precoce vão treinar 1.400 pecuaristas neste ano. Está prevista a adoção de assistência técnica gratuita de boas práticas em cem projetos.

BANANA SUSTENTÁVEL
Um dos problemas na produção da banana é a intensa utilização de fungicidas, o que pode estar com os dias contados. Além da alta no custo de produção, o excesso de pulverização contraria a busca de alimentos sem produtos químicos.

REDUÇÃO DE 50%
Pesquisas da Embrapa com organismos internacionais, como o Plant Research International BV, da Holanda, apontam para redução de até 50% na utilização de fungicidas e nematicidas em uma década nos bananais. Para chegar a essa redução, pesquisadores trabalham no controle genético da doença sigatoka negra.

MELHORAMENTO
O pesquisador Manoel Teixeira Souza Junior, do Labex Europa-Holanda, diz que os estudos visam as áreas de genética, genômica (do hospedeiro e do patógeno) e de melhoramento genético. Os pesquisadores querem ferramentas biotecnológicas para controlar geneticamente a sigatoka negra.

MERCADO GARANTIDO
As exportações de carnes (bovina, suína e de frango) continuam aquecidas neste mês. As receitas médias diárias na primeira quinzena subiram para US$ 48 milhões, 31% a mais do que em igual período de 2006. Os dados são da Secex.

QUEDA NA BOVINA
A campanha de ingleses e irlandeses contra a carne bovina brasileira parece ter surtido efeito. As exportações de agosto recuaram 5%, em receitas, em relação às de 2006. Já o acumulado até agosto somou US$ 2,94 bilhões, 20% a mais do que em igual período do ano passado, informa a Abiec.


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