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agrofolha
Feira do setor de álcool prevê R$ 1,6 bi em negócios
Fenasucro reduz expositores e restringe convidados somente a público do setor
Empresas de máquinas e equipamentos expõem produtos para aumentar produtividade de usinas de cana, grande alvo do evento
JUCIMARA DE PAUDA
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
Equipamentos agrícolas que
têm como objetivo o aumento
da produtividade das usinas de
cana-de-açúcar são o destaque
da 15ª Fenasucro (Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira), que começa hoje e
prossegue até sexta-feira em
Sertãozinho (335 km a noroeste de São Paulo).
A feira prevê negociar R$ 1,6
bilhão em equipamentos, o que
é R$ 100 milhões a mais que o
faturado na edição de 2006.
O público, no entanto, deve
ser reduzido à metade. Isso
porque a organização optou
por credenciar apenas visitantes ligados ao setor, fazendo os
demais interessados terem de
pagar R$ 50 por um convite
-nos anos anteriores, o acesso
era grátis, mediante credenciamento. Com isso, os visitantes
devem chegar, no máximo, a 25
mil, ante 55 mil do ano passado.
Além disso, o número total de
expositores também caiu, de
550 para 420.
O otimismo dos organizadores encontra respaldo nas vendas do setor de máquinas agrícolas deste ano, que registrou
uma alta de 38,4% de janeiro a
julho em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo José Velloso, primeiro vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos), em média, uma nova usina tem surgido a cada
mês no país, o que servirá para
impulsionar a Fenasucro, e para elevar as vendas em 2008 em
pelo menos 15%.
"A indústria vive um momento de expansão. O setor entra numa fase de amadurecimento, de forte expansão", disse Sérgio Prado, diretor regional da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) em Ribeirão Preto.
Entre os equipamentos na
Fenasucro há máquinas de até
R$ 40 milhões -caso das caldeiras, cuja montagem pode ultrapassar os R$ 3 milhões.
Moendas usadas para o preparo e a moagem da cana custam
até R$ 20 milhões, dependendo
do tamanho das usinas.
"O segmento está aquecido e
as implantações de novas usinas são uma oportunidade para
o mercado. Criamos a feira para
atender a cadeia sucroalcooleira e ela está estrategicamente
colocada num período em que
as empresas podem antecipar
as novidades tecnológicas para
as usinas", disse Paulo Montabone, da Multiplus, organizadora do evento.
Uma das expositoras, a Santal, vai comercializar na feira
sua linha de colhedoras e plantadoras de cana, que custam até
R$ 850 mil, e espera superar na
Fenasucro os R$ 15 milhões faturados na Agrishow de Ribeirão, no primeiro semestre.
O aumento da mecanização é
um caminho sem volta para a
cana, dizem os usineiros. No
Estado de São Paulo, a mecanização já atinge de 42% a 45%
dos canaviais. No restante do
país, no entanto, que tem de
35% a 37% da colheita de cana
mecanizada, há muito espaço
para o crescimento do setor de
máquinas.
Ônibus a álcool
O presidente da Unica (união
das usinas), Marcos Jank, afirmou ontem em Sertãozinho
que a capital paulista terá dois
ônibus coletivos movidos a álcool, que começam a rodar ainda neste mês. O teste vai ser
acompanhado pelo Centro Nacional de Referência em Biomassa, ligado à USP e ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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