São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Mantega minimiza queda em entrada de investimentos

SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) procurou ontem minimizar a importância dos dados que mostram queda da participação do Brasil no fluxo global de investimentos estrangeiros diretos.
"Não me preocupo com esses dados de redução dos investimentos. Nesse momento está sobrando capital estrangeiro [dólares] no país, que vem principalmente do comércio exterior brasileiro, e não se coloca a necessidade de mais investimentos externos."
Nas últimas semanas, Mantega vinha apontando como prioridade de um eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o aumento dos investimentos produtivos para acelerar o crescimento econômico.
Levantamento da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) mostra que o Brasil caiu da 10ª para 14ª posição no ranking de preferência dos investidores externos em 2005.
O estudo destaca que, enquanto no ano passado o fluxo global de IED cresceu 29%, a parcela destinada ao Brasil caiu 17%. Com isso, a participação da economia brasileira no bolo total desses recursos era de 1,8% em 2003, chegou a 2,6% em 2004 e fechou o ano passado em 1,6%.
Para Mantega, a queda deve ser vista como algo momentâneo. Neste ano, disse, já houve crescimento e a situação deve melhorar em 2007. Segundo ele, há vários projetos represados que devem deslanchar em breve, como um pólo siderúrgico no Rio de Janeiro, com investimentos estimados em R$ 2 bilhões.
Sem querer discorrer sobre quais seriam os motivos do adiamento de investimentos estrangeiros, o ministro procurou diminuir a importância desses recursos para que o país possa crescer a taxas mais elevadas. "O melhor crescimento é o baseado na poupança interna. A poupança no Brasil está crescendo e sendo suficiente para bancar nossos investimentos."


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