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Mantega minimiza queda em entrada de investimentos
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega
(Fazenda) procurou ontem minimizar a importância dos dados que mostram queda da participação do Brasil no fluxo global de investimentos estrangeiros diretos.
"Não me preocupo com esses
dados de redução dos investimentos. Nesse momento está
sobrando capital estrangeiro
[dólares] no país, que vem principalmente do comércio exterior brasileiro, e não se coloca a
necessidade de mais investimentos externos."
Nas últimas semanas, Mantega vinha apontando como
prioridade de um eventual segundo mandato do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva o aumento dos investimentos produtivos para acelerar o crescimento econômico.
Levantamento da Unctad
(Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) mostra que o Brasil caiu da 10ª para 14ª posição
no ranking de preferência dos
investidores externos em 2005.
O estudo destaca que, enquanto no ano passado o fluxo
global de IED cresceu 29%, a
parcela destinada ao Brasil caiu
17%. Com isso, a participação
da economia brasileira no bolo
total desses recursos era de
1,8% em 2003, chegou a 2,6%
em 2004 e fechou o ano passado em 1,6%.
Para Mantega, a queda deve
ser vista como algo momentâneo. Neste ano, disse, já houve
crescimento e a situação deve
melhorar em 2007. Segundo
ele, há vários projetos represados que devem deslanchar em
breve, como um pólo siderúrgico no Rio de Janeiro, com investimentos estimados em
R$ 2 bilhões.
Sem querer discorrer sobre
quais seriam os motivos do
adiamento de investimentos
estrangeiros, o ministro procurou diminuir a importância
desses recursos para que o país
possa crescer a taxas mais elevadas. "O melhor crescimento é
o baseado na poupança interna.
A poupança no Brasil está crescendo e sendo suficiente para
bancar nossos investimentos."
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